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Matheus Leitão Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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As muitas voltas que o mundo dá no STF e no Brasil

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 20h52 - Publicado em 29 set 2023, 07h53
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  • O ministro Luís Roberto Barroso não desafinou.

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    Nem mesmo quando cantava ao lado de Diogo Nogueira.

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    Mas esse foi apenas o aguardado final da posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal, quando o cantor e o colega de toga entoaram Aquarela Brasileira (já corria a boca miúda nos corredores do poder que haveria o dueto).

    Antes, o que se viu foi: o novo chefe do judiciário sendo efusivamente elogiado pelo decano da corte, Gilmar Mendes, escolhido como orador na troca de bastão com Rosa Weber (Emoji com olhos esbugalhados).

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    “Barroso tem se destacado pela defesa intransigente da democracia e dos direitos fundamentais”, afirmou o decano olhando na direção daquele que o definiu como “uma mistura do mal com atraso”.

    Nas voltas que o mundo dá na capital, Luís Roberto Barroso verdadeiramente se emocionou (sei porque sei) com as palavras de Gilmar, dizendo que “guardaria” cada uma delas “no coração”.

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    Foi surprendente por conta do histórico entre os dois – Barroso poderia ter chamado outro ministro, segundo um alto servidor da corte.

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    Na verdade, esse reencontro só comprova – ou é a prova cabal – que até a mais esgarçada relação em Brasília pode ser reconstruída.

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    Aliás, nas muitas voltas que o mundo dá no planalto central, o próprio Barroso, que fez todas as deferências a Lula, soltou – em seu belo discurso – “o país não é feito de nós e eles – somos um só povo”.

    O presidente da República ouviu estático o chefe do poder do outro lado da praça dizer que ele – logo ele – estava errado.

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    Lula inventou no Brasil a declaração “nós e eles”, uma arma política conhecida. A de dividir para conquistar.

    Ocorre que Barroso falava do que Bolsonaro fez com essa frase, elevando uma controversa ferramenta política ao patamar de tentativa de guerra civil – que deu no 8 de janeiro. Aliás, dois bolsonaristas estavam no evento.

    Mas, nas enormes voltas que mundo dá – e bem antes de Diogo Nogueira subir no palco para cantar duas músicas – Maria Bethânia cantou o hino nacional. Depois, Todo o sentimento.

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    Era um pedido de Barroso, que falava a Tereza, sua mulher que morreu este ano.

    Maria Bethania poderia estar falando do Brasil:

    Preciso não dormir
    Até se consumar
    O tempo
    Da gente
    Preciso conduzir
    Um tempo de te amar
    Te amando devagar
    E urgentemente
    Pretendo descobrir
    No último momento
    Um tempo que refaz o que desfez
    Que recolhe todo o sentimento
    E bota no corpo uma outra vez

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    Por tudo que ela é, a cantora e compositora fez o que nunca havia sido feito numa corte suprema.

    Foi aí que uma importante figura da República brincou: “o mandato do ministro Barroso já chegou no seu ápice”.

    Na verdade, está apenas começando.

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