Fernando Haddad vinha sofrendo muito nos primeiros 50 dias de governo. À medida que Lula abria a boca para falar de economia, criticar o mercado e sinalizar pela gastança, o ex-prefeito de São Paulo diminuía de tamanho.
Ao vencer nesta segunda, 27, a queda de braço com a ala política do governo que não queria a volta dos impostos no consumo dos combustíveis, o ministro da Fazenda imediatamente cresceu de tamanho.
É como se tivesse ganhado fermento e visto seu prestígio inflar.
Os críticos dirão que não é bem assim porque o imposto que retorna (falta ao governo oficializar em anúncio) incidirá mais sobre a gasolina do que do etanol. Ao contrário.
Além de tudo, Haddad sai como moderno por entender o espírito do tempo: o ecologicamente correto a fazer é sempre o correto a fazer.
Para aqueles que estavam prevendo um fracasso rápido do ministro da Fazenda fica o sentimento de que Haddad agora pode até buscar voos mais altos.
Não agora, claro. Mas já já.