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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A última promessa não cumprida por Bolsonaro

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 dez 2022, 17h05 - Publicado em 23 dez 2022, 13h49
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  • Brazilian President and reelection candidate for the Liberal Party (PL) Jair Bolsonaro gestures before the start of the television debate at the Globo TV studio in Rio de Janeiro, Brazil, on October 28, 2022. - After a bitterly divisive campaign and inconclusive first-round vote, Brazil will elect its next president on October 30, in a cliffhanger runoff between far-right incumbent Jair Bolsonaro and veteran leftist Luiz Inacio Lula da Silva. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP)
    CORRIDA CONTRA O TEMPO - PT calcula hoje ter placar favorável para tornar Bolsonaro inelegível (Mauro Pimentel/AFP)

    Faltando oito dias para o fim de seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto concedendo indulto de Natal a alguns presos ligados à segurança e às Forças Armadas.

    Enquanto permanece em silêncio e praticamente sem trabalhar desde a derrota para Lula, o presidente descumpre uma das promessas que fez em 2018, depois de vencer a eleição.

    Em novembro de 2018, no Twitter, Bolsonaro escreveu que pegaria pesado na questão da violência e afirmou que aquele ano seria o último com concessão de indulto a criminosos.

    “Fui escolhido presidente do Brasil para atender aos anseios do povo brasileiro. Pegar pesado na questão da violência e criminalidade foi um dos nossos principais compromissos de campanha. Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último”, escreveu.

    O indulto concedido nesta sexta, 23, atinge principalmente agentes de segurança pública condenados por crimes culposos (sem a intenção de cometer), policiais condenados por crimes praticados há mais de 30 anos e militares condenados em casos de excesso culposo durante atuação em operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

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    A decisão deixa claro o que Bolsonaro e a extrema direita pensam sobre criminosos: aqueles que cometem crimes em nome do Estado, como na época da ditadura, não são considerados assim.

    Além disso, o indulto abre uma possibilidade perigosa: a de conceder perdão aos policiais envolvidos no massacre do Carandiru. A questão ainda deve ser discutida na Justiça, mas a brecha foi aberta pelo presidente.

    Atualmente, 69 policiais estão condenados pelo assassinato de 77 detentos no massacre que aconteceu em 1992. O indulto concede perdão a crimes cometidos há mais de 30 anos e que não eram considerados hediondos na época. Como o crime de homicídio só foi considerado hediondo em 1994, pode ser que os agentes tenham suas penas extintas.

    No apagar das luzes, Bolsonaro mostra que não importa o crime, mas quem comete. Eleito com o discurso de tolerância zero com criminosos, o presidente mostra, mais uma vez, que não passa de um mentiroso.

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