A revelação pelo The New York Times de que o ex-presidente Jair Bolsonaro passou dois dias na embaixada da Hungria após ter seu passaporte apreendido foi considerado grave por ministros do Supremo Tribunal Federal ouvidos pela coluna.
Segundo esses magistrados, isso pode ser visto como tentativa de obstrução da Justiça, já que poderia ensejar eventual fuga.
Os próprios ministros lembraram de votos de ex-colegas de toga da corte que avaliaram no passado ser direito do cidadão fugir em caso de uma “prisão injusta”.
Hoje essa visão jurídica é considerada ultrapassada.
Por isso – também avaliam esses ministros do STF – que a defesa do ex-presidente teria afirmado em nota que a presença dele na embaixada foi “a convite”, servindo apenas para manter contato com autoridades húngaras.