Lula e Bolsonaro vão enfrentar uma semana difícil. Dias que poderão ser intermináveis ou que podem iniciar um novo capítulo na história política de cada um dos líderes populares.
Enquanto o ex-presidente vai depor no caso dos atos terroristas de 8 de janeiro, Lula pode ver seu governo acuado pelo mesmo motivo, com a instalação de uma CPI sobre o tema.
O Brasil é, as vezes, tão estranho que é assim mesmo…
A pedra de sapato em um politico pode incomodar o outro, e vice e versa.
Mas é claro que, nessa estranha realidade, algo está muito errado – ao menos nesse caso. As vítimas – o governo Lula, o Congresso e o Supremo – não podem ser culpadas por nada.
Mas é o que a oposição têm tentado fazer. E tem sido bem-sucedida, em parte, até o momento.
Os principais fatos da semana estão postos assim:
Bolsonaro vai depor logo após Alexandre de Moraes sinalizar publicamente que tende a apontar o ex-presidente como um dos autores intelectuais dos ataques do começo do ano, se valendo de provas colhidas desde 2019.
Ao menos para o magistrado, os crimes estão todos conectados. Durante quatro anos o líder da extrema direita brasileira atacou a democracia. Seus seguidores, então, atacaram os símbolos dela: as sedes dos Três Poderes.
Enquanto isso, no Congresso, começam a ser escalados nomes de peso dos dois lados para uma CPI que será uma guerra de narrativas. Tanto o governo quanto a oposição correm risco com isso.
Mas a demissão do general Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, deu um nó em Lula e em governistas, e pode transformar a comissão num palco de uma guerra política.