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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A falta de decoro de Flávio Bolsonaro na questão das cotas raciais

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 14h56 - Publicado em 8 Maio 2024, 20h31
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  • A reserva de vagas para pretos e pardos nos concursos públicos resultou em discussão e xingamento na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, na manhã desta quarta-feira, 8. A situação ocorreu durante a votação de um substitutivo ao projeto (PL 1.958/2021), que prorroga por 10 anos e amplia para 30% a reserva de vagas em concursos públicos para pretos, pardos, indígenas e quilombolas. 

    Aliás, a coluna alertou sobre a gravidade do atraso das votações em relação ao tema recentemente. Há duas semanas, para ser mais exato.

    Mas voltando ao absurdo de hoje… o senador Flávio Bolsonaro, ao defender uma emenda apresentada por ele para a destinação de cotas a “pessoas que não possuem condições financeiras”, fez xingamentos e acabou advertido pelo presidente da Comissão, Davi Alcolumbre (União-AP).

    “Que transformem essas cotas provisórias para as pessoas que não têm condições financeiras. Imagina quem é branco e pobre agora nesse país? Ah, que se f*d@, é isso?”, disse o senador.

    Em seguida, o senador Fabiano Contarato destacou que “após ouvir o colega senador, me fez lembrar do movimento Vidas Negras Importam, quando a turma da direita veio falar que todas as vidas importam. Só que nós temos que entender quem é morto nesse país. Temos que entender efetivamente que a população preta e parda está sofrendo diuturnamente”, alertou Contarato.

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    Enquanto Contarato falava, Flávio Bolsonaro fez novos xingamentos, que foram ouvidos pelo microfone.

    Contarato não se intimidou. Seguiu alertando que “falar em cotas provisórias é cômodo para nós, homens brancos”. “Isso é muito simples. Agora, seja um médico preto e sofra a discriminação, como já vimos pessoas não querendo ser atendidas por um médico por ele ser negro; por um enfermeiro por ele ser negro. Essa é a realidade do país, uma realidade em que 70% da população carcerária é de pretos e pardos. Quando a Ministra Anielle Franco [que tem feito uma defesa ativa do projeto] faz isso, é porque sabemos que, se todo mundo é prioridade, ninguém é prioridade. É simples assim. Não que os brancos não sofram, eu não tenho dúvida, mas tem que ter uma prioridade diante de quem mais sofre com o racismo. Agora, é muito cômodo a gente falar em cotas provisórias. É cômodo porque você não é apontado na rua, não é hostilizado, não é julgado por sua cor da pele”, continuou Contarato.

    Apesar da confusão e do linguajar de Flávio Bolsonaro, o projeto de lei recebeu 17 votos favoráveis e 8 contrários na CCJ, onde tramitava em caráter terminativo. Agora, segue para análise da Câmara dos Deputados, caso não receba recurso para ser analisado pelo plenário do Senado.

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