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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A dupla face de Bolsonaro com Alexandre de Moraes

Presidente cumprimentou ministro de forma amigável apesar dos ataques que faz constantemente

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 Maio 2022, 09h39 - Publicado em 21 Maio 2022, 10h41

O contraste entre os ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e a cordialidade com a qual Jair Bolsonaro cumprimentou Alexandre de Moraes nesta quinta, 19, mostram que o presidente vive fazendo um jogo político que agrada apenas os seus seguidores mais radicais.

Em evento no Rio de Janeiro, Bolsonaro reclamou do tempo que gasta se defendendo do STF. “Mais da metade do meu tempo passo me defendendo de interferências indevidas do Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

O presidente também voltou a criticar o processo eleitoral. “Não serão duas ou três pessoas que vão bater no peito: ‘eu mando, vai ser assim e quem agir diferente eu vou caçar o registro e prender’. Isso não é democracia”, disse.

As declarações atingem todos os ministros do STF, mas são voltadas especialmente para Alexandre de Moraes, o ministro que foi eleito inimigo pessoal de Bolsonaro e que será o presidente do Tribunal Superior Eleitoral na época das eleições.

O estranho é que, no mesmo dia em que fez esses ataques, Bolsonaro encontrou Moraes em um evento de posse dos novos ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e cumprimentou seu “inimigo” de forma bastante cordial.

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A postura contraditória só deixa claro que Bolsonaro está fazendo um jogo político: ataca as urnas, o STF e crítica Moraes numa falácia construída para agradar seus seguidores mais radicais, que apostam nas crises institucionais para tentar manter o presidente no poder.

Antes, Bolsonaro atacava o Congresso. Quando Rodrigo Maia saiu de cena e entrou Arthur Lira, o presidente abandonou os ataques ao Legislativo e passou a direcionar seus ataques ao Judiciário, em especial ao STF.

O presidente deve insistir nesse jogo até outubro, mas esquece que essa estratégia pode desgastá-lo ainda mais e afastar eleitores que não concordam com essa postura ofensiva, que fragiliza a democracia

É o Bolsonaro vivendo de crises institucionais, mas perto das eleições de 2022. O tiro pode sair pela culatra.

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