
Integrantes do governo Lula, e do núcleo mais próximo do presidente, analisam 2026 com a direita enfrentando a esquerda com algum integrante do clã Bolsonaro na cabeça de chapa – e não Tarcisio de Freitas, por exemplo, como já se especulou com mais força.
A análise que eles fazem nos bastidores é a de que qualquer um com o sobrenome Bolsonaro sairia com uma vantagem eleitoral em relação aos outros candidatos, mesmo políticos como o governador de São Paulo que tem o Estado mais importante do país nas mãos e pontua bem nas pesquisas eleitorais.
Em conversa com a coluna, esses auxiliares do mandatário petista afirmam, aliás, que a estratégia pode ser colocar o nome e o número do partido “Bolsonaro 22” como propaganda eleitoral, justamente como foi na última eleição para não só aguçar a memória do eleitor, mas também para confundir.
Será que todos os brasileiros sabem que o líder da extrema-direita está inelegível?
Como revela reportagem de Marcela Mattos e José Benedito da Silva, Jair Bolsonaro e aliados como Silas Malafaia, o pastor que transforma púlpito em palanque, não descartam que a ex-primeira-dama Michelle ocupe esse lugar em 2026, já que hoje ela é a presidente do PL Mulher e tem feito movimentos políticos eleitorais consistentes.
Como diz a reportagem, essa possibilidade ganhou força nos últimos dias depois de o ex-presidente Michel Temer revelar que negocia com cinco governadores de oposição a Lula, incluindo Tarcísio, a formação de uma chapa única na corrida presidencial do ano que vem.
O ex-presidente, maior nome da direita no Brasil mas hoje inelegível, claramente não gostou da movimentação. Pelos votos que tem, quer ser o nome por trás de todo acordo que envolva a direita em 2026.