![O ministro do STF, André Mendonça, com o presidente Jair Bolsonaro, na época em que era ministro da Justiça e Segurança Pública do seu governo (Carolina Antunes/PR)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/06/49834518878_41a288048c_k.jpg.webp?w=1280&h=720&crop=1)
Cobra-se tanto o conflito de interesses que, no futuro, pode vir a acontecer entre Cristiano Zanin, indicado para o Supremo Tribunal Federal, e casos relacionados a Lula, mas fazem vista grossa em situação parecida relacionada a ministros já nomeados para a corte.
André Mendonça é um deles.
Antes de assumir uma cadeira no STF, atuou como Advogado-Geral da União no caso do marco temporal. E, AGU de Bolsonaro, foi a favor de restringir demarcações de terras indígenas, exatamente como querem ruralistas que propuseram a ação.
Vestido com a toga, contudo, não se declarou impedido e pediu vista, paralisando o importante julgamento que poderá acontecer sem a presença de Rosa Weber, que se aposenta no segundo semestre.
Mas não é só nesse caso que há questionamentos sobre a atuação do magistrado.
Nesta segunda, 19, André Mendonça, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, liberou para julgamento recursos sobre inquéritos abertos no Supremo contra o ex-presidente, seja por divulgação de dados sigilosos, seja por associar a vacina da Covid ao desenvolvimento da aids.
Pelo visto, para ele, nada é motivo para se declarar impedido.