Quem transitasse pelo aeroporto de Guarulhos (SP) na manhã do dia 12 de abril poderia esbarrar no ministro da Fazenda, mas não o reconheceria. Não era Fernando Haddad, mas sim o seu secretário-executivo, Gabriel Galípolo.
Naquela manhã – em virtude de uma viagem oficial de Lula e Haddad para a China -, ele era o ministro da Fazenda em exercício no Brasil e lidava com a crise do varejo online e a taxação de sites estrangeiros.
De jaqueta esportiva, camisa branca e calça jeans, Galípolo carregava uma pequena mochila. Enfrentou longa fila de embarque e esperando as malas como um brasileiro qualquer. Estava voltando de série de reuniões com investidores nos EUA.
Desde o começo do governo Lula, ele vem sendo escolhido para várias missões, incluindo esta dos dias anteriores ao 12 de abril.
Nesta semana, Gabriel Galípolo está de novo no cargo de ministro. Ocorre que pela última vez. Foi escolhido diretor de política monetária do Banco Central enquanto Haddad está me Tóquio.
O secretário tem bom trânsito no governo, no Banco Central e no Congresso. Agora é esperar para ver como ele sai da nova missão de ser a ponte entre o governo e o Banco Central em um momento em que o órgão virou o principal foco de críticas de Lula.