Debate não estava ‘maduro’, diz Randolfe sobre adiamento dos vetos
Em live de VEJA, líder do governo no Congresso afirmou que Planalto ainda negocia acordo com parlamentares para 'maior número de consenso'
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, foi o entrevistado desta quinta-feira, 25, do programa Ponto de Vista, de VEJA, transmitido sempre ao vivo a partir das 12h. O parlamentar foi abordado sobre o envio do governo federal ao Legislativo do projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária, na quarta-feira 24. Além disso, Randolfe falou sobre a relação conflituosa entre Executivo e Legislativo e como isso pode impactar no andamento das chamas pautas-bomba, que podem comprometer as contas públicas.
Devido ao envio dos projetos para regulamentar a reforma tributária, Randolfe disse que a semana ‘termina virtuosa para o país’, citando a aprovação do Perse na Câmara e o adiamento da sessão conjunta no Congresso que avaliaria os vetos presidenciais. Segundo ele, o tema ainda não estava ‘maduro’ o suficiente e por isso o governo pediu para que a análise não ocorresse na quarta. Ele agradeceu o apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, à decisão.
“Nós vamos chegar na semana do dia 7 de maio com tudo esclarecido, com todas as condições necessárias para apreciação dos vetos e com o governo construindo acordos que serão vantajosos para o Parlamento na apreciação desses vetos. Nós estamos avançando no entendimento sobre os vetos. Passada a turbulência, eu acho que vamos chegar em melhores condições para a sessão do Congresso que teremos entre 7 e 9 de maio do que as condições que nós teríamos no dia de ontem. E isso será melhor para o governo e para o Congresso”, afirmou.
Sobre o veto especificamente a um trecho da lei que praticamente acaba com a saída temporária de presos, o senador disse que o governo vai “conversar com os líderes” e que o “fundamento é costurarmos uma sessão no Congresso Nacional com o maior número de consenso possível”.
Articulação política
O líder do governo também ressaltou que algumas dificuldades da gestão petista no Parlamento se deve ao fato do Congresso ser “mais conservador” e ter “forças políticas mais reacionárias”. Segundo ele, o pedido que o presidente Lula faz é para sempre ‘conversar ao máximo, dialogar ao máximo’. Sobre o presidente da Câmara, Arthur Lira, e as recentes crises de articulação, Randolfe disse que ‘uma insatisfação ou outra’ é natural e agradeceu a ajuda do deputado.
“Em relação ao presidente da Câmara, o governo só tem o que agradecer. É natural que tenha uma circunstância ou outra que possa ter diferenças. Mas só temos que agradecer a condução que o presidente Arthur Lira tem dado na câmara, que foi fundamental para as matérias que o governo aprovou”, salientou.
Sobre o programa
O Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal, também analisa as noticias do dia com o colunista Matheus Leitão.
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A entrevista é transmitida simultaneamente no YouTube e na home de VEJA, e para os inscritos no canal de VEJA no WhatsApp.
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