O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, foi à residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira, pedir desculpas, na manhã dessa terça-feira, 16. O motivo? Teixeira descumpriu o acordo de só exonerar seu primo Wilson Cesar de Lira Santos, do comando da superintendência regional do Incra em Alagoas, quando já houvesse outra indicação do parlamentar.
O ministro alegou que não tinha entendido que esse era o acordo, segundo aliados do deputado. Lira reclamou da postura do petista até para o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Teixeira estava sendo pressionado pelo MST a demitir Santos, sob ameaça de uma nova invasão ao prédio do Incra. Mas garantiu ao presidente da Câmara que nomearia o nome apoiado por ele.
Em reação, Lira pautou um requerimento de urgência de um projeto que determina sanções e restrições de acesso a benefícios sociais a invasores de terras.
O clima entre o governo federal e o parlamentar já tinha azedado depois da votação pela manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco. Lira afirmou em alto e bom som que o governo havia plantado a informação de que uma articulação contra a prisão teria sido feita por ele. Chamou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de “incompetente” e de “desafeto pessoal”.
Enquanto isso, o deputado vem acenando cada vez mais para a oposição e travando o jogo para o governo na Câmara, até com instalação de CPIs.