“Montamos uma estrutura de guerra”, diz chefe da Defesa Civil de SP
Gabinete de crise foi criado para conter os efeitos dos temporais previstos para o final de semana

O coordenador de Proteção e Defesa Civil do Estado de São Paulo, coronel Henguel Ricardo Pereira, afirmou em entrevista à coluna que o governo e a prefeitura montaram um “esquema de guerra” para enfrentar as chuvas previstas para este fim de semana. A Defesa Civil emitiu risco meteorológico para esta sexta-feira, 18, até o domingo, 20. A previsão é de precipitação significativa, que pode chegar a 250 milímetros em diversas regiões do estado, acompanhada de rajadas de ventos de até 60 km/h, com risco de quedas de granizo em pontos isolados.
Na última semana, os temporais e ventos que chegaram a 107 km/h deixaram mais de 1,6 milhão de casas sem energia elétrica. Até agora, cerca de 30.000 residências continuam às escuras.
O gabinete de crise foi montado no Palácio dos Bandeirantes. O centro de operações da prefeitura Smart Sampa também é utilizado, além disso, integrantes do governo vão acompanhar as operações dentro das cinco concessionárias que atendem ao estado. Coordenadores das Defesa Civil estadual e municipal, representantes da Sabesp e da CET vão analisar as informações que serão centralizadas na sede do governo estadual.
O objetivo é analisar também quais são os gargalos das concessionárias de energia para tentar ajudar a melhorar o serviço. “Será uma força-tarefa para tentar mitigar os danos para a população.”
Com as mudanças climáticas e eventos mais extremos, explica o coronel, o gabinete de crise funcionará de forma permanente para lidar com o “novo normal” e tentar se antecipar aos estragos provocados não só pelas chuvas, mas também aqueles advindos da estiagem extrema. Neste ano, o número de queimadas em São Paulo foi 600% maior quando comparado ao ano passado.