O presidente Lula falou nesta quinta-feira, 21, pela primeira vez sobre o plano de golpe que pretendia assassiná-lo em 2022, revelado pela Polícia Federal em uma operação na última terça-feira, 19. O petista disse que tem que agradecer por estar vivo e que a tentativa de envenená-lo junto com o vice Geraldo Alckmin não deu certo. A declaração foi feita durante cerimônia de divulgação do Programa de Otimização de Contratos de Concessão Rodoviária, no Palácio do Planalto. Lula ainda afirmou que gostaria de chamar atenção para o momento histórico que estamos vivendo. Segundo ele, um país sem perseguição, sem o estímulo do ódio e da desavença, que a gente precisa construir.
Em entrevista ao programa Ponto de Vista, de VEJA, desta quinta-feira, 21, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou que as investigações da Polícia Federal mostram que o comando para a realização de um golpe de Estado para impedir a posse de Lula estava “no coração do Planalto” e do governo de Jair Bolsonaro. O petista também disse que as novas revelações indicam a existência de uma “organização criminosa”. O ministro acredita que não é possível imaginar que toda essa ação teria sido planejada sem a participação do ex-presidente Bolsonaro, que seria o principal beneficiário do golpe.
Após a conclusão do G20, o governo federal se prepara agora para o anúncio sobre o corte de gastos. A expectativa é de que a redução de despesas chegue a 70 bilhões de reais para 2025 e 2026. Estão na mira ajustes na previdência dos militares e no salário mínimo e nos benefícios sociais, que seguirão as regras do arcabouço fiscal, com o crescimento de gastos limitado a 2,5% da inflação. Acompanhe o Giro VEJA.