O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, minimizou o resultado do primeiro turno das eleições municipais para o Palácio do Planalto. Após reunião de balanço com o presidente Lula e líderes do governo, Padilha afirmou que o PT teve um aumento de 40% nos prefeitos eleitos em todo país em relação ao registrado em 2020. O auxiliar de Lula também disse que as eleições municipais não influem na governabilidade ou nas eleições nacionais.
Os partidos de centro e centro-direita foram os grandes vencedores nesta eleição. O PSD elegeu o maior número de prefeitos no primeiro turno, com 877 prefeituras. Na sequência, vêm o MDB, o PP e o União Brasil, com 845, 743 e 578, respectivamente. O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, quase dobrou o número de prefeitos em relação à ultima eleição municipal e agora tem 510 municípios. O PT foi a nona legenda a eleger mais chefes do executivo municipal, com 247.
Alguns prefeitos foram reeleitos com vitórias expressivas, como no caso de JHC, do PL, em Maceió, que obteve 83% dos votos, João Campos, do PSB, que conquistou 78%, em Recife, assim como Bruno Reis, do União Brasil, em Salvador, e Eduardo Paes, do PSD, que levou 60% dos votos na capital fluminense.
Em São Paulo, a disputa foi acirradíssima entre os três primeiros colocados. O prefeito Ricardo Nunes e o deputado Guilherme Boulos vão para o segundo turno com 29,48% e 29,07%, respectivamente. O coach Pablo Marçal ficou na sequência, com 28,14%. A campanha foi marcada por polêmicas envolvendo o candidato do PRTB. Às vésperas do primeiro turno, Marçal publicou ainda um laudo falso que mostrava a internação de Boulos por cocaína. O coach pode ficar inelegível e ainda responde por vários outros processos na Justiça. Acompanhe o Giro VEJA.