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Marcela Rahal

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Jornalista, repórter e apresentadora. Blog de informação e análise do cenário político nacional
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Apagão vira disputa por votos entre Nunes e Boulos em SP

Enquanto mais de 500 mil casas continuam sem energia, o deputado federal aproveita para tirar alguma vantagem do atual prefeito na disputa eleitoral

Por Marcela Rahal Atualizado em 14 out 2024, 13h44 - Publicado em 14 out 2024, 11h54
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  • Eleições
    Os candidatos à prefeitura paulistana Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) (TV Globo/Divulgação)

    Desde sexta-feira, 11, quando a capital paulista foi tomada por uma forte tempestade com rajadas de ventos de até 107 km/h que derrubou a energia de cerca de 2,1 milhões de casas, o prefeito Ricardo Nunes e o seu adversário Guilherme Boulos tem travado uma briga nas redes sociais para culpar o responsável pelo desastre em São Paulo. Sete pessoas morreram durante o temporal.

    O candidato do PSOL aproveita a situação para expor a incapacidade do prefeito em evitar e lidar com situações como essa. A culpa não é exclusivamente dele, é bom ressaltar. A companhia elétrica Enel, alvo até de CPI, se tornou um verdadeiro fiasco como provedora de energia. É só voltarmos a menos de um ano no tempo, quando em novembro do ano passado, o mesmo pesadelo acometeu a maior cidade da América Latina, deixando mais de 2 milhão de pessoas sem luz, em alguns casos, até por uma semana.

    O problema é que o eleitor não quer saber se o problema vem da companhia elétrica, ele só quer ter luz, uma questão básica que afeta diretamente o cidadão. Ele quer solução rápida, não entender que a Enel foi uma concessão feita pelo governo federal e que está sujeita exclusivamente a fiscalização da Aneel. Nunes tem até tentado explicar isso nas redes, mas é uma missão complexa a essa altura.

    Soma-se a isso, outro fator fundamental para evitar esse caos. A poda de árvores que caem sobre a fiação elétrica e derruba a energia. Isso é responsabilidade integral da prefeitura, que alega que a companhia demora para desligar a energia para que o procedimento seja realizado.

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    O fato é que o problema está dado, ainda com mais de 500 mil pessoas sem energia mais de 60 horas depois das chuvas. É um material que já é e será amplamente explorado pela campanha de Boulos, que vê, a menos de duas semanas da eleição, a única oportunidade de tentar virar o jogo. O prefeito, amplo favorito nas pesquisas do Datafolha e do Instituto Paraná, corre contra o tempo para sanar o problema e convencer o eleitor de que fez tudo o que podia ter feito. Ainda tenta culpabilizar o governo federal.

    A situação também virou um jogo de empurra-empurra entre o prefeito e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Nunes alega que o titular da pasta ainda disse em evento do grupo Esfera, em Roma, que poderia renovar a concessão da Enel. Silveira lembra que quem está a frente da Aneel foi indicado pelo ex-presidente Bolsonaro.

    A sensação que fica para o paulistano que se vê sem luz é de que a gestão municipal não aprendeu com o episódio do ano passado. Por isso, a hashtag #cadeoprefeito, difundida nas redes sociais, pode virar o fato novo que o candidato do PSOL precisava para tentar ganhar o jogo.

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