Relâmpago: Assine Digital Completo por 2,99
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Zanin vota para tornar deputados do PL réus por desvio de emendas

Em seu voto, ministro viu 'indícios consistentes' de corrupção por parte dos parlamentares Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa

Por Valmar Hupsel Filho 28 fev 2025, 13h25

Relator do inquérito que investiga os crimes de corrupção passiva e organização criminosa supostamente cometidos pelos deputados federais Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA), Bosco Costa (PL-SE) e outras seis pessoas em esquema de liberação de emendas parlamentares a municípios do Maranhão, o ministro do Supremo Tribunal Federal Cristiano Zanin votou pelo recebimento da denúncia oferecida contra eles pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O julgamento ocorre no STF no modelo virtual e os quatro demais ministros da Primeira Turma terão até o dia 11 de março para apresentar seus votos.

Esta é a primeira denúncia, de um total de dezenas de investigações envolvendo supostas irregularidades no envio de emendas parlamentares a ser analisada pelo Supremo após decisões recentes do ministro Flávio Dino no sentido de exigir mais transparência e rastreabilidade no manejo dos recursos.

O inquérito investiga indícios de que os deputados pediram quase 1,7 milhão de reais ao prefeito de São José de Ribamar (MA), José Eudes Sampaio Nunes, como contrapartida para o envio de emendas parlamentares no valor de 6,7 milhões de reais. Seria o equivalente a uma taxa de 25% do valor repassado ao município.

O valor total (R$ 6.671.000,00) foi encaminhado ao município entre dezembro de 2019 e abril de 2020 por meio de emendas indicadas pelos deputados João Bosco (R$4.123.000,00), Josimar Maranhãozinho (R$1.500.000,00) e Pastor Gil (R$1.048.000,00). Os valores correspondem exatamente àqueles informados pelo prefeito quando ofereceu notícia-crime à PGR narrando as cobranças e intimidações que, segundo ele, estariam sendo feitas pelos denunciados.

Em seu voto, Zanin afirma que a denúncia da PGR aponta “consideráveis indícios de autoria e materialidade quanto à prática do crime de corrupção passiva” dos denunciados. “Contra os três parlamentares há evidências produzidas ao longo da investigação criminal indicando que teriam atuado em concertação ilícita para solicitar ao prefeito José Eudes Sampaio Nunes o pagamento de vantagem indevida, o que caracteriza, em tese, o delito de corrupção passiva”, afirma o ministro.

Continua após a publicidade

Segundo ele, há elementos probatórios apontando que o deputado Josimar Cunha Rodrigues seria não só o autor de uma das emendas parlamentares, mas também coordenador da destinação final de outras duas. Uma das provas que constam na denúncia são reproduções de trocas de mensagens entre os parlamentares denunciados.

Trecho de conversa entre o deputado Josimar Marahãoziho e um assessor
Trecho de conversa entre o deputado Josimar Maranhãozinho e um assessor (STF/Reprodução)

Segundo a investigação, os denunciados pressionaram o prefeito do município pela liberação dos valores relacionados à propina. Um preposto do grupo chegou a ir à residência do prefeito para lhe entregar um bilhete com o nome e número do telefone do assessor de Josimar Maranhãozinho responsável pela cobrança da propina. o gesto foi interpretado como uma intimidação.

Continua após a publicidade

Em um trecho de conversa com o deputado, o mesmo assessor diz que poderia matar uma pessoa que estava dizendo ser o dono da emenda enviada ao município.

WhatsApp Image 2025-02-28 at 12.59.09
Trecho de conversa entre um assessor e o deputado Josimar Maranhãozinho (STF/Reprodução)

 

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

ECONOMIZE ATÉ 82% OFF

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 2,99/mês

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$35,88, equivalente a R$ 2,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.