Zambelli relata ‘síncope’ e ‘arritmia’ e falta a interrogatório no STF
Deputada seria ouvida nesta quinta-feira, 26, no caso em que ela e o hacker Walter Delgatti são investigados por invasão ao sistema do CNJ
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) seria interrogada nesta quinta-feira, 26, no Supremo Tribunal Federal (STF), no caso em que ela é investigada ao lado do hacker Walter Delgatti pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No entanto, a parlamentar informou que passou mal durante a madrugada, teve uma síncope e está internada no Hospital do Coração de São Paulo devido a um quadro de arritmia cardíaca. Não há, por enquanto, previsão de alta.
“A paciente deputada Carla Zambelli encontra-se internada no HCor desde a madrugada do dia 26. Foi admitida após sofrer uma síncope no contexto de uma alteração do ritmo cardíaco. Segue realizando exames. A paciente encontra-se estável, consciente e sem previsão de alta hospitalar”, diz o comunicado assinado pelos médicos Gabriel Dalla Costa e Jeffer Morais.
De acordo com o advogado de Zambelli, Daniel Bialski, a parlamentar não seria ouvida nesta quinta, porque outras testemunhas do caso ainda não compareceram e o réu só fala depois delas. As audiências do processo estavam marcadas para acontecer nos dias 23 e 26 de setembro. “Independentemente do que lhe acometeu, como diversas testemunhas imprescindíveis não compareceram, ela não seria ouvida de qualquer maneira”, diz o comunicado do advogado à imprensa.
O interrogatório é uma das últimas partes da fase de produção de provas do processo penal. Finalizada a instrução, o caso fica pronto para ser julgado no plenário do STF.
De acordo com uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, no dia 19 de setembro, quando Zambelli foi intimada para o interrogatório, ela teria respondido que não podia ir porque estava “em Fortaleza (CE) e de lá iria para São Paulo (SP), com previsão de vir a Brasília somente após o 1º turno das eleições”, que acontece no dia 6 de outubro.
O magistrado não cedeu à argumentação e mandou intimar Zambelli novamente, ordenando que o interrogatório fosse feito virtualmente. Até a publicação desta matéria, não havia decisão sobre os documentos médicos apresentados nesta quinta.