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Weintraub diz à PF que foi Lewandowski quem quis comprar sua casa

Ex-ministro da Educação afirmou em entrevista, sem citar nomes, que membro da Corte havia feito chegar até ele interesse em adquirir propriedade

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 fev 2022, 19h55 - Publicado em 4 fev 2022, 17h34

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub disse à Polícia Federal nesta sexta-feira, 4, que se referia ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), quando afirmou em entrevista a um podcast que um dos membros da Corte havia feito chegar até ele o interesse em comprar uma casa sua, já que ele morava nos Estados Unidos e, conforme teria dito o ministro, “não vai voltar para o Brasil”. Lewandowski nega ter manifestado interesse no imóvel.

Na oitiva, Weintraub foi questionado pelo delegado Fábio Alvarez Shor e respondeu que não tentou imputar ou insinuar crime ou difamar Lewandowski, mas que se lembrou do fato como “curioso” e “anedótico” e que “lhe tinha causado mal-estar, pois sequer sua residência estava à venda”.

A “proposta” de Ricardo Lewandowski pela casa teria sido feita a uma corretora e chegado a Weintraub no segundo semestre de 2021, conforme se recorda o ex-ministro, por meio de seu advogado, Auro Hadano Tanaka, que acompanhou a oitiva na tarde de hoje. A casa em questão fica em um condomínio em São Paulo, o Chácara Cordeiro, no Jardim Petrópolis, Zona Sul paulistana.

Abraham Weintraub e seu defensor disseram à PF que se comprometem a incluir nos autos documentos que registraram, “por mais de uma vez”, a entrada de Ricardo Lewandowski e sua esposa no condomínio. O ex-ministro afirmou que o suposto interesse de Lewandowski em adquirir sua casa foi manifestado após o julgamento, pelo ministro, de um habeas corpus movido por Weintraub ao STF. Na ocasião, o pedido do ex-ministro foi negado.

Em sua participação no podcast Inteligência LTDA em 16 de janeiro, o ex-ministro da Educação sugeriu que um dos ministros do Supremo teria feito chegar a ele o interesse em comprar a propriedade, já que ele não voltaria mais ao Brasil. Depois de deixar o cargo no governo Bolsonaro, em meio a uma crise com o STF por outros ataques seus à Corte, Abraham Weintraub foi nomeado para um cargo no Banco Mundial e se mudou para os Estados Unidos.

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“Moro numa casa, num condomínio fechado, uma casa boa. Um juiz do STF estava procurando casa na região, dentro do condomínio. Viu a minha casa e falou: ‘Pô, casa bonita, hein? De quem é?’ Falaram: ‘Abraham Weintraub’. ‘Pergunta para ele se não quer vender para mim’. ‘Não está à venda’. ‘Pergunta se ele não quer vender para mim, já que ele não vai voltar para o Brasil’. O que acha disso? É adequado? Esse juiz me negou habeas corpus. Foi um dos dez que me negaram habeas corpus”, declarou o ex-ministro.

A oitiva de Weintraub foi feita no âmbito de uma apuração preliminar aberta pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga ataques e disseminação de notícias falsas contra o Supremo e seus membros.

Lewandowski nega interesse

Por meio de nota divulgada no início da noite desta sexta, o ministro Ricardo Lewandowski confirmou que fez visitas ao condomínio, mas negou que tenha manifestado interesse na compra de uma casa de Abraham Weintraub. “O Gabinete do Ministro Ricardo Lewandowski informa que, por intermédio de uma corretora imobiliária, o Ministro visitou duas casas no referido condomínio em São Paulo, as quais estavam à venda, mas nenhuma delas de propriedade do depoente”.

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