PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

STF vai julgar plano federal contra abusos de direitos humanos nas prisões

Estimativas da população carcerária brasileira variam entre 500 mil e 852 mil detentos; ao menos metade das unidades sofre com superlotação

Por Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 nov 2024, 17h33 - Publicado em 30 nov 2024, 17h04

A crise humanitária nas prisões brasileiras volta à pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima quinta-feira, 12. Na agenda, está o plano de ação apresentado pela União e estados para combater abusos de direitos humanos contra os detentos no sistema carcerário nacional.

Batizado de “Pena Justa”, o plano detalha em quatro eixos as medidas que o governo federal e os Executivos estaduais devem adotar, ao longo de três anos, nas unidades prisionais sob suas tutelas. As principais metas são reduzir a superlotação nas cadeias, melhorar as condições de vida e trabalho dentro das penitenciárias, investigar denúncias de tortura e incentivar a reintegração dos presos à sociedade.

‘Masmorras medievais’

A elaboração de um plano abrangente para melhorias nas cadeias foi ordenada pelo Supremo em outubro de 2023, a pedido de uma ação movida pelo PSOL quase uma década antes. Por unanimidade, os ministros reconheceram um “estado de coisas inconstitucional” no sistema prisional e deram o prazo de um ano para que União, estados e Distrito Federal apresentassem uma solução.

Ao votar pela urgência de intervenções nas cadeias, o relator do processo, Luís Roberto Barroso, comparou as condições nos presídios às de “masmorras medievais” e classificou as detenções excessivas como “penas cruéis e desumanas”. “No sistema prisional brasileiro, ocorre violação generalizada de direitos fundamentais dos presos no tocante à dignidade, higidez física e integridade psíquica. A superlotação carcerária e a precariedade das instalações configuram tratamento degradante, ultrajante e indigno a pessoas que se encontram sob custódia”, declarou.

Após um ano de discussões, o plano Pena Justa foi apresentado oficialmente durante as reuniões do G20, no Rio de Janeiro, no último dia 15 de novembro. A validação pelo STF, que começa na próxima quinta-feira, é a etapa final para que os entes federativos comecem a implementar as medidas.

Continua após a publicidade

Superlotação é principal desafio nas cadeias

Dentre uma série de desafios levantados pelas autoridades, a superpopulação carcerária é apontada como a mais grave crise nas penitenciárias brasileiras. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indicam que ao menos 54% das 1.767 unidades prisionais sofrem com celas superlotadas.

O tamanho da população prisional, por outro lado, tem estimativas variadas. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública cita 852 mil pessoas detidas, em todo o território nacional, em 2023 — o dado posiciona o Brasil como terceiro país com mais presos no mundo, atrás apenas de Estados Unidos (1,8 milhão) e China (1,6 milhão).

Já o CNJ afirma que, após revisão recente do Banco Nacional de Medidas Penais, o total de detentos “caiu” para 500 mil em 2024, sendo um quarto presos de maneira provisória. Em relação às condenações, há cerca de 802 mil pessoas sentenciadas a penas privativas de liberdade no país, sendo quase um terço (240 mil) referentes a tráfico de drogas ou posse para uso pessoal.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.