SP: polícia identifica homem que auxiliou em fuga após ataque em aeroporto
Segundo a investigação, homem teria fornecido veículos para auxiliar atiradores que mataram empresário em Guarulhos, supostamente a mando do PCC
A força-tarefa criada para investigar o assassinato do empresário Antonio Vinícius Gritzbach, delator do PCC, no aeroporto de Guarulhos, no último dia 8, identificou um segundo suspeito e deflagrou operação nesta sexta-feira, 22, para prendê-lo. O pedido de prisão de Matheus Augusto de Castro Mota foi autorizado pela Justiça a pedido da Polícia Civil, mas ele não foi localizado.
Segundo os investigadores, Mota teria fornecido veículos para auxiliar a fuga dos homens envolvidos diretamente no assassinato. Na operação foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e de prisão. Um revólver foi apreendido e uma pessoa foi autuada por porte ilegal de arma de fogo. Mota, no entanto, segue foragido.
Na semana passada, a força-tarefa identificou Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, como sendo um dos participantes do crime. Segundo os investigadores, ele seria uma espécie de “olheiro”, responsável por identificar Gritzbach. Imagens internas do sistema de segurança mostraram quando Kauê indicou aos atiradores a presença do empresário na saída do aeroporto, segundo a polícia. Ele também segue foragido.
Em nota, a secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo afirmou que as buscas pelos dois suspeitos identificados seguem sob sigilo, bem como as tentativas de identificar a autoria do crime.
Gritzbach foi assassinato com dez tiros disparados por dois homens que estavam em um carro preto que estava parado na área de desembarque do aeroporto. No ataque, flagrado pelas câmeras de segurança do aeroporto, um motorista de aplicativo também foi atingido e morreu. O motorista do veículo e os dois atiradores ainda não foram identificados. O veículo e as armas utilizadas no crime foram localizadas pela polícia em uma área próxima à saída do aeroporto.
O empresário era investigado por lavagem de dinheiro da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e pelo assassinato de dois integrantes da facção. Ele estava no meio de tratativas para firmar acordo de colaboração premiada com o Ministério Público de São Paulo e já tinha fornecido informações sobre os esquemas de lavagem de dinheiro da facção. Também acusou policiais civis de corrupção. Por isso, os investigadores trabalham com a hipótese de queima de arquivo.