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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Senadores irão ao Conselho de Ética para cassar mandato de Chico Rodrigues

Vice-líder do governo de Jair Bolsonaro, o senador do DEM foi flagrado pela Polícia Federal com 30 mil reais escondidos dentro da cueca

Por Edoardo Ghirotto
Atualizado em 15 out 2020, 12h23 - Publicado em 15 out 2020, 12h01

Um grupo formado por cinco senadores decidiu que acionará o Conselho de Ética na terça-feira, 20, para cassar o mandato de Chico Rodrigues (DEM-RR), alvo de uma operação da Polícia Federal contra o desvio de recursos destinados ao combate à pandemia de Covid-19 em Roraima. Rodrigues, que é vice-líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, foi flagrado pelos investigadores escondendo 30 mil reais dentro da cueca.

Os senadores que moverão a representação contra o colega são Styvenson Valentim (Podemos), Jorge Kajuru (Cidadania), Alessandro Vieira (Cidadania), Randolfe Rodrigues (Rede) e Lasier Martins (Podemos). Eles tentarão colher mais assinaturas antes de protocolar a ação no Conselho de Ética, que é presidido por outro senador do DEM, Jayme Campos (MT). “A cassação é o mínimo que esperamos caso seja comprovado o envolvimento do senador com esse escândalo de corrupção”, disse Styvenson Valentim.

Se for cassado, Rodrigues será substituído no Senado pelo filho Pedro Arthur, que também é filiado ao DEM e ocupa o cargo de primeiro suplente no mandato. O senador de Roraima é um aliado próximo a Bolsonaro no Congresso e emprega em seu gabinete um primo dos filhos do presidente. Léo Índio foi nomeado para o posto em abril do ano passado e recebe um salário bruto de 22.943,73 reais.

Na eleição de 2018, quando Rodrigues chegou ao Senado, ele declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que mantinha mais de meio milhão de reais em espécie – precisamente, R$ 525 mil. O montante representa cerca de um quarto do patrimônio total de 2 milhões de reais que o senador informou à Justiça Eleitoral na época.

A operação contra Rodrigues foi ordenada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), para investigar desvios milionários em recursos de combate à pandemia na Secretaria de Saúde de Roraima, a partir de emendas parlamentares.

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