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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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São Paulo: três divergências e três convergências nas últimas pesquisas

Na semana prévia ao primeiro turno, institutos divulgam levantamentos eleitorais com resultados conflitantes

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 out 2024, 11h41
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  • Na semana que antecede o primeiro turno das eleições municipais, nada menos que doze institutos divulgaram pesquisas de intenção de voto em São Paulo. A análise dos levantamentos de quatro deles — Paraná Pesquisas, Quaest, Datafolha e AtlasIntel — expõem resultados conflitantes, explicados em boa medida por diferenças nas metodologias, tamanhos de amostragem e taxa da margem de erro.

    A pesquisa da AtlasIntel mostra Guilherme Boulos (PSOL) na liderança, tecnicamente empatado com Pablo Marçal (PRTB), com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) fora do segundo turno, enquanto os demais levantamentos apontam para um triplo empate técnico. Ainda que no mesmo patamar, o psolista também está numericamente à frente segundo o levantamento do Datafolha. Por outro lado, Nunes lidera numericamente nas pesquisas Paraná e Quaest.

    Os dados dos quatro institutos de pesquisa convergem em relação à tendência de crescimento do ex-coach, tanto em intenção de voto, quanto no aumento da rejeição. Marçal é o mais rejeitado em quase todas as pesquisas, à exceção da Quaest em que José Luiz Datena (PSDB) aparece como o candidato mais rechaçado pelos eleitores paulistanos. Dentre várias diferenças que impactam mais ou menos no resultado do próximo domingo, ao menos três pontos divergentes e três pontos convergentes chamam a atenção e despertam a preocupação das campanhas.

    Divergências

    1 – Empate triplo: A pesquisa AtlasIntel diverge dos demais institutos quanto ao triplo empate técnico em São Paulo. Com 29,4%, Boulos aparece numericamente na frente, empatado com Marçal, que tem 25,4%, no limite da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. De acordo com esse levantamento, Nunes com 22,9% ficaria de fora do segundo turno.

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    2 – Desempenho de Nunes: Nos quatros institutos de pesquisa, há três perspectivas diferentes sobre o desempenho do prefeito na última semana. Ricardo Nunes teve queda na intenção de voto, segundo o Datafolha. O candidato à reeleição oscilou negativamente, dentro da margem de erro, nos levantamentos do Paraná Pesquisas e da Quaest. Já o AtlasIntel mostrou um crescimento do emedebista para além da margem de erro. Ironicamente, é a única pesquisa analisada que o colocou fora do segundo turno.

    ADVERSÁRIO - Nunes: atual prefeito é principal alvo da campanha tucana
    Institutos de pesquisa divergem sobre o desempenho do atual prefeito nas pesquisas (@prefeitoricardonunes/Instagram)

    3 – O tamanho da rejeição de Marçal: A rejeição ao candidato do PRTB varia entre 43,2%, no Paraná Pesquisas, a 53% no Datafolha. Os institutos mostram um crescimento na taxa de rejeição do candidato acima da margem de erro na última semana. Apenas no levantamento Quaest, o aumento da rejeição de Marçal ficou no limite da margem de erro. Em um cenário apertado como o desenhado para São Paulo, a rejeição pode definir quem ganha o pleito, principalmente, numa disputa de segundo turno.

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    Convergências

    1 – Crescimento de Marçal: Os quatro institutos de pesquisa mostram uma tendência de aumento nos votos para Pablo Marçal na última semana. Paraná Pesquisas, AtlasIntel e Datafolha  mostram um crescimento para além da margem de erro nos últimos sete dias. A pesquisa Quaest apresenta oscilação positiva do influenciador em um ponto percentual, dentro da margem de erro.

    Pablo Marçal durante debate em São Paulo
    Todos os levantamentos mostram uma tendência de crescimento de Pablo Marçal (Antonio Milena/VEJA)

    2 – Estagnação de Boulos: Os institutos mostram que os votos em Guilherme Boulos oscilaram positivamente, mas ficaram estagnados na última semana, se considerada a margem de erro. A Quaest diz que não houve nenhuma movimentação, enquanto Paraná Pesquisas, AtlasIntel e Datafolha mostram um aumento sútil, na casa de um ponto percentual.

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    3 – Queda de Datena: Descartado da disputa pelas pesquisas eleitorais, o candidato tucano teve tendência de queda em todas as pesquisas, sendo que o resultado foi além do limite da margem de erro apenas na AtlasIntel. Segundo o diretor do instituto Yuri Sanches, o eleitorado de Datena tem um perfil ideologicamente diverso e por isso o voto do apresentador é requisitado pelos adversários que clamam pelo voto útil. “A queda do Datena acaba beneficiado quase igualmente todos os candidatos, principalmente a Tabata, o Nunes e o Boulos”. Na reta final, cria-se uma disputa pelos votos dos apoiadores do apresentador entre os três candidatos que disputam a liderança.

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