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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Ricardo Salles muda para o Novo e anuncia pretensão de concorrer ao Senado

Ex-ministro de Bolsonaro chegou a se posicionar bem nas pesquisas, mas não teve apoio do ex-presidente para se candidatar à prefeitura de São Paulo

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 ago 2024, 12h29

O partido Novo anunciou neste sábado que o deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles deixou o PL de Jair Bolsonaro para fazer parte dos quadros da sigla. O parlamentar anunciou sua intenção de concorrer ao Senado em 2026 e criticou a participação do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, na convenção que oficializou a candidatura de Mauro Tramonte à capital mineira.

Salles foi um dos ministros mais fieis a Bolsonaro e tentou emplacar sua pré-candidatura à prefeitura de São Paulo, mas não teve o apoio do ex-presidente. O deputado chegou a despontar com mais de 15% das intenções de voto em pesquisas feitas ainda em 2023, mas em dezembro o PL cravou o apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), pressionando Salles a recuar.

A movimentação desagradou o núcleo mais ideológico do bolsonarismo, que não vê em Nunes um candidato genuinamente da direita. O prefeito conta com o apoio do ex-presidente em busca da reeleição, mas tem se apresentado como líder de uma frente ampla com discurso mais moderado.

Zema e Kalil

Neste sábado, a convenção do Republicanos em Belo Horizonte que chancelou o nome de Mauro Tramonte na disputa pela prefeitura uniu dois nomes que, há dois anos, eram adversários: o governador Romeu Zema (Novo) e o ex-prefeito Alexandre Kalil (recém filiado ao Republicanos). As duas siglas fizeram uma aliança para a disputa da capital mineira, mas a presença dos dois ex-adversários gerou desconforto entre a direita.

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O advogado e assessor pessoal de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, falou nas redes sociais sobre “sanguessugas” que estariam tentando “se apropriar do capital político da direita”. Salles divulgou um vídeo justificando que sua nova sigla, o Novo, fez uma aliança com o Republicanos do governador paulista Tarcísio de Freitas, e que Kalil apareceu depois desse compromisso ser firmado.

“Kalil se filiou semana passada, saiu do PSD e entrou no Republicanos, depois que a aliança estava feita”, disse o deputado. Ele defendeu que, na sua visão, a sigla deveria ter apoiado o  deputado bolsonarista Bruno Engler (PL-MG), que também teve seu nome chancelado em convenção partidária neste sábado, 3.

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