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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Reunião no Planalto tenta acordo sobre exploração de petróleo na Amazônia

Encontro terá os ministros Marina Silva, Rui Costa e Alexandre Silveira, e os presidentes da Petrobras, Jean Paul Prates, e do Ibama, Rodrigo Agostinho

Por Victoria Bechara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 Maio 2023, 16h18 - Publicado em 23 Maio 2023, 13h58

O licenciamento ambiental da Petrobras para explorar petróleo no chamado Bloco 59, na bacia da foz do Amazonas, será o tema de uma reunião entre membros do governo nesta terça-feira, 23. Participarão do encontro o presidente da estatal, Jean Paul Prates, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A reunião não consta nas agendas oficiais dos ministros, mas está prevista para ocorrer durante a tarde na Casa Civil. Como VEJA mostrou, o projeto da Petrobras para explorar o bloco dividiu o governo. Enquanto Prates e Silveira defendiam a empreitada — que chegaram a chamar de “novo pré-sal” –, Marina se posicionou publicamente contra devido a possíveis consequências ambientais.

A Petrobras anunciou que vai recorrer da decisão do presidente do Ibama, que negou a licença ambiental à empresa na semana passada. Agostinho acompanhou um parecer de dez técnicos do órgão, que concluiu, entre outras coisas, que o Plano de Proteção à Flora elaborado pela Petrobras tem “deficiências significativas” e não reduz de forma satisfatória os impactos de um eventual vazamento de óleo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não deverá participar da reunião, sinalizou no domingo, 21, no Japão, que pode estar a caminho uma nova trombada com Marina Silva. O petista disse não ver problema quanto à exploração de petróleo em alto-mar e prometeu discutir o assunto quando chegar ao Brasil.

O episódio já provocou desgastes políticos na base aliada. O senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, que é do Amapá (estado com interesse na exploração), deixou a Rede — mesmo partido de Marina. Nos bastidores, pessoas próximas ao presidente da Petrobras veem influência de Marina na decisão do Ibama e a possibilidade de uma crise maior no governo, já que ela não deve recuar.

 

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