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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Reaproximação de Bolsonaro com o PSL provoca racha no partido

Enquanto o senador Major Olimpio ameaça deixar a sigla, ex-líder da legenda na Câmara que ameaçou 'implodir' o presidente agora prega diálogo com o Planalto

Por André Siqueira Atualizado em 14 jul 2020, 13h26 - Publicado em 14 jul 2020, 13h15

Há duas semanas, o presidente Jair Bolsonaro ligou para o presidente nacional do PSL, o deputado federal Luciano Bivar (PE). Desde então, o aceno do Planalto ao partido pelo qual Bolsonaro chegou à Presidência da República gerou forte repercussão e expôs uma divisão interna entre parlamentares que veem a iniciativa com bons olhos e uma ala que rechaça a aproximação.

Líder do PSL no Senado, o senador Major Olimpio (SP) é um crítico ferrenho da reaproximação. De maneira taxativa, afirma que, se o namoro ganhar contornos reais, deixará o partido. “Não tem conversa. Se esse movimento se confirmar, saio do PSL no mesmo dia”, disse a VEJA.

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Os deputados federais Júnior Bozzella (PSL-SP), vice-presidente nacional do partido, e Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo Bolsonaro no Congresso, também são contra a reaproximação. Em suas redes sociais, os integrantes da chamada ala bivarista da sigla têm feito publicações dizendo que o PSL “não está à venda”. Em seu perfil no Twitter, Joice disse, inclusive, que não há “nenhuma aproximação com o governo Bolsonaro”.

joice
(Reprodução/Reprodução)
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O deputado federal Delegado Waldir (PSL-GO), ex-líder do partido na Câmara dos Deputados e integrante da ala bivarista, defende que haja um diálogo entre Planalto e PSL. Como VEJA mostrou em outubro do ano passado, no auge da crise interna da legenda, Waldir afirmou que iria “implodir” o presidente da República.

“Em nenhum momento seremos cooptados, não seremos submissos ao governo, mas tem que haver diálogo. O PSL não vai votar com a esquerda. Nesse momento paz e amor do Bolsonaro, ele percebeu que errou lá atrás ao tentar formar uma base apenas com as bancadas temáticas e quer ampliar a coalizão”, disse Waldir a VEJA. “Se você recebesse uma ligação do presidente da República, você não atenderia? Pois bem, foi o que Bivar fez. Agora, que fique claro: você não vai me ver em palanque com o presidente Bolsonaro em 2022. Eu não vou defender as pautas de maluco que os apoiadores do presidente querem. Não vou falar de cloroquina, não vou dizer que é gripezinha, não serei contra a Lava-Jato, não vou achar razoável a demissão de Moro, mas não quer dizer que não possa existir diálogo entre nós”, acrescentou.

Como VEJA mostrou, o primeiro ato da reconciliação entre apoiadores de Bolsonaro e aliados de Luciano Bivar ocorreu em junho, quando o partido substituiu Joice Hasselmann pelo deputado federal Felipe Francischini (PSL-PR) na liderança da sigla na Câmara. Visto como um parlamentar conciliador, Francischini não confrontou o presidente da República mesmo após o seu rompimento com o PSL.

Apesar do gesto de Bolsonaro, parlamentares ouvidos reservadamente por VEJA não acreditam que haverá cessão de cargos, por exemplo, como ocorreu com partidos do Centrão. Por isso, embora o armistício seja visto com bons olhos, há dúvida sobre o seu efeito prático, uma vez que o PSL tem votado favoravelmente ao governo mesmo com a cisão interna. A conferir.

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