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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Quem é o pastor da Igreja Universal que assume a prefeitura de Goiânia

Filiado ao Republicanos, Rogério Cruz será empossado como prefeito da capital após a morte de Maguito Vilela (MDB), vitima de complicações da Covid-19

Por Redação
Atualizado em 13 jan 2021, 10h20 - Publicado em 13 jan 2021, 10h18
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  • Incumbido de assumir a prefeitura de Goiânia com a morte do prefeito Maguito Vilela (MDB) por complicações da Covid-19, nesta quarta-feira, 13, Rogério Cruz (Republicanos) é um pastor licenciado da Igreja Universal e que por duas vezes foi vereador na cidade. Sua escolha para o posto causou surpresa ao ser anunciada em setembro do ano passado, após intensa articulação entre Vilela e as lideranças evangélicas que comandam o Republicanos na capital goiana.

    Cruz é um radialista de 54 anos nascido em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Por anos ele chefiou uma divisão do Grupo Record responsável por exportar conteúdo da emissora para países africanos onde a Igreja Universal tem influência, como Moçambique e Angola. Chegou à capital goiana para trabalhar pela Record e, em 2010, foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Vereadores, com 7.774 votos. Quatro anos mais tarde, foi o quarto vereador mais votado na cidade e se reelegeu com 8.312 votos. Também atuou como secretário de Gestão de Pessoas na gestão de Paulo Garcia, ex-prefeito goiano.

    A escolha de Cruz para a vice-prefeitura foi idealizada por um dos principais expoentes da bancada evangélica no Congresso Federal, o deputado João Campos (Republicanos), que preside o diretório municipal da sigla. O Republicanos é um partido intrinsecamente ligado à Igreja Universal. Com Goiânia, a legenda administrará duas capitais, além de chefiar outras cinco cidades com mais de 200.000 habitantes até 2024.

    Na ocasião em que foi anunciado para a vice-prefeitura, Cruz admitiu à imprensa local que ficou surpreso com a indicação. Em entrevista ao jornal O Popular, ele declarou que não esteve presente na formulação do plano de governo de Vilela, mas que conhecia as propostas porque havia lido o documento. Questionado sobre a influência que a Igreja Universal poderia ter na gestão, ele afirmou que estava licenciado do ofício de pastor há mais de 20 anos e que não iria misturar questões da igreja com a política.

    No período em que foi vereador, contudo, Cruz aproveitou a sua posição política para apresentar seis projetos que agraciavam lideranças do seguimento evangélico com o título de cidadãos ilustres da cidade, sendo que dois também eram executivos do Grupo Record. Ao jornal O Popular, ele declarou que não via nenhum problema em homenagear pastores com a honraria.

    Cruz já vinha desempenhando funções importantes na formulação do secretariado de governo, já que Maguito Vilela estava internado em São Paulo desde outubro e se licenciou após a posse para dar sequência ao tratamento. Quem atuou ao seu na equipe de transição foi Daniel Vilela, filho de Maguito e presidente do MDB goiano. Espera-se que ele exerça forte influência na gestão municipal a partir de agora.

    A morte de Maguito é mais um drama vivido pela família Vilela durante a pandemia de Covid-19. Em agosto do ano passado, duas irmãs do prefeito morreram por complicações causadas pela doença num intervalo de nove dias. O enterro de Maguito deverá ser realizado em Jataí, sua cidade natal, mas outras informações não foram fornecidas pela assessoria do político.

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