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Por José Benedito da Silva
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Promotor de delação contra Alckmin já pediu a prisão de Lula

José Carlos Blat negociou acerto com delator de concessionária; em 2016, ele denunciou petista no caso do tríplex

Por Leonardo Lellis Atualizado em 18 mar 2022, 17h14 - Publicado em 17 mar 2022, 12h19

Um dos responsáveis pelo acordo de delação premiada que atinge o ex-governador Geraldo Alckmin, hoje cotado para ser vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial, o promotor José Carlos Blat tem um histórico de disputas com o petista e seus correligionários. O termo de delação também é assinado pelo promotor Silvio Marques.

Blat foi um dos promotores estaduais que, em 2016, pediu a prisão preventiva de Lula em uma denúncia sobre o tríplex do Guarujá quando o caso já era investigado pela Lava-Jato em Curitiba — ou seja, pela Justiça Federal. A Justiça de São Paulo remeteu o caso para o gabinete do então juiz Sergio Moro e a iniciativa do MP estadual foi criticada inclusive pela oposição ao governo do PT.

A petição era assinada por Blat, Fernando Henrique Araújo e Cássio Conserino. Em entrevista coletiva para anunciar a apresentação da denúncia, os promotores se recusaram a falar sobre o pedido de prisão, o que gerou, na ocasião, incertezas sobre o procedimento.

Em 2010, o promotor também havia denunciado o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outras cinco pessoas envolvidas no Caso Bancoop. As suspeitas iniciais eram que a cooperativa de crédito habitacional havia lesado cerca de 3.000 mutuários e teria sido usada pelo PT para desvio de dinheiro para financiamento de campanhas eleitorais. Dirigentes petistas acusavam o promotor de perseguição ao partido.

A denúncia contra Lula seis anos depois em SP se deu neste mesmo caso, já que a cooperativa foi responsável pelo início das obras do edifício Solaris, concluída pela OAS, e onde fica o tríplex que foi atribuído ao petista.  A defesa de Lula conseguiu na Justiça que a empreiteira devolvesse o dinheiro pago por cotas de aquisição do imóvel, uma vez que o negócio não foi concluído. O processo, que culminou com a prisão de Lula por decisão de Moro, foi anulado pelo Supremo Tribunal Federal.

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Alckmin

Agora na delação que atinge Alckmin, advogados ligados ao petista alertam para o uso político do instrumento uma vez que a sua divulgação ocorre no mesmo momento em que o ex-governador paulista é o nome favorito para ser vice de Lula na disputa presidencial.

O ex-tucano é acusado por um delator de receber 3 milhões de reais por meio de caixa dois nas campanhas de 2010 e 2014, quando ele venceu a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, à época pelo PSDB. 

O relato consta de um acordo feito pelo ex-presidente da Ecovias, Marcelino Rafart de Seras, e que foi homologado pelo Ministério Público estadual. Trechos da delação foram divulgados pelo jornal Folha de S. Paulo. Alckmin nega qualquer irregularidade. No ano passado, um acordo também alinhavado por Blat e Marques com a concessionária foi anulado pelo Conselho Superior do Ministério Público, que apontou ilegalidades no acerto.

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