O debate com os candidatos à prefeitura de São Paulo realizado nesta terça-feira, 17, foi marcado por novas provocações, bate-boca e incessantes pedidos de resposta. O evento foi organizado pelo RedeTV em parceria com o UOL.
Logo no início da transmissão, o candidato José Luiz Datena (PSDB) fez menção ao episódio do último domingo, 15, no qual jogou uma cadeira em Pablo Marçal (PRTB) durante debate na TV Cultura. O apresentador disse que tem respeito pela democracia e que não está “feliz com o que aconteceu”. “Vou honrar a minha família até a morte. (…) Pode me provocar da forma que quiser, que não vou partir para a agressão porque não bato em covarde duas vezes. Covarde apanha uma vez só”, declarou. Na sequência, acrescentou que está “disposto a conversar” e defendeu que a agressão ao colega foi uma forma de “legítima defesa” aos ataques dos quais vem sendo alvo.
O clima esquentou de vez quando Marçal escolheu fazer uma pergunta a Ricardo Nunes (MDB). O empresário se referiu ao atual prefeito como “bananinha” e foi advertido pela mediadora. Na sequência, falou sobre a cadeirada e disse que Datena agiu como um “orangotango” e disparou contra Nunes. “Tchutchuca do PCC”, disse Marçal, levantando o tom. “Você vai para a cadeia por roubar merenda das crianças”, disse. Marçal e Nunes começaram a discutir, e a apresentadora Amanda Klein subiu o tom, prometendo punições a ambos.
O primeiro bloco teve incessantes pedidos de resposta, e a direção chegou a anunciar que não mais iria concedê-los caso os candidatos não cessassem os ataques.
Acusações
Para além das provocações, o debate teve abundância de troca de acusações entre os candidatos. Nunes voltou a falar sobre a condenação de Marçal por furto qualificado em 2010, como desdobramento de uma operação que mirou uma quadrilha especializada em invadir contas bancárias por meio da prática de “phishing” na internet — quando o criminoso rouba dados das vítimas
Marina Helena (Novo), por sua vez, acusou Tabata Amaral (PSB) de usar um jatinho particular para visitar o namorado, o prefeito de Recife, João Campos (PSB). Marina não apresentou provas das acusações, e Tabata afirmou que entraria com um processo.