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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Por terra, água e ar: o dramático resgate de vítimas das chuvas no RS

Moradores ilhados e pacientes em hospitais são removidos com o uso de helicópteros, barcos, caminhões e até tratores

Por Da Redação Atualizado em 9 Maio 2024, 15h11 - Publicado em 3 Maio 2024, 13h05

Diante das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, agentes da Defesa Civil e das Forças Armadas vêm trabalhando ininterruptamente para socorrer às vítimas que acabam ilhadas em meio às inundações. As operações de resgate ocorrem por meio de barcos, helicópteros, caminhões e até tratores nos 235 municípios afetados pelos temporais.

Entre as pessoas ilhadas, há casos que exigem intervenções de extrema urgência, como pacientes internados em hospitais. Ao menos doze pacientes que estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estrela, no Vale do Taquari, foram transferidos para unidades de Porto Alegre e de Lajeado na quarta-feira. Outros dez pacientes de hemodiálise do Hospital de Candelária foram levados de helicóptero para prosseguir o tratamento em Santa Cruz do Sul. Ambos os municípios ficam no Vale do Rio Pardo.

Também houve resgate por helicópteros em cidades como Candelária, Santa Cruz e Sinumbu — pessoas que estavam em locais com risco de desabamento foram retiradas pelas Forças Armadas e levadas para a Base Aérea de Santa Maria. O Ministério da Defesa afirma que usa nove helicópteros e 98 embarcações e que já resgatou mais de cem pessoas e fez ao menos dez evacuações aeromédicas.

A Defesa Civil de Porto Alegre também retirou pessoas da Ilha dos Marinheiros em razão da alta do nível do rio Guaíba, que se aproxima do recorde histórico de 1941. Outras ilhas do rio com moradores também estão ameaçadas — a prefeitura pediu que elas deixem as suas residências no máximo até domingo, 5, em razão dos alertas meteorológicos. Na manhã desta sexta-feira, 3, uma das casas de bombas que controlam o nível do rio transbordou e as águas inundaram as ruas da capital gaúcha. O prefeito Sebastião Melo (MDB) informou que o centro histórico será esvaziado e decretou estado de calamidade pública. Mais de 300 moradores desalojados pelas chuvas estão alocados em abrigos temporários da prefeitura.

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Forças Armadas

Nesta sexta-feira, 3, o Ministério da Defesa publicou uma portaria que mobiliza mais de 600 militares para apoiar as ações emergenciais nas cidades atingidas. Segundo o balanço mais recente da Defesa Civil gaúcha, os estragos causados pelas chuvas já deixaram ao menos 31 mortos e 56 feridos – outras 74 pessoas estão desaparecidas e mais de 24 mil encontram-se desalojadas.

As Forças Armadas também montaram na quinta-feira, 2, em Lajeado, um hospital de campanha para auxiliar o socorro às vítimas. O módulo conta com enfermaria, 40 leitos, dois consultórios para atendimento e um para triagem. Atualmente, os militares atuam no apoio às vítimas das enchentes em dezenove municípios gaúchos. Segundo o Ministério da Defesa, até ontem haviam sido resgatadas cerca de cem pessoas e realizados dez atendimentos de resgate médico por meio do transporte de pacientes por meio aéreo.

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‘Maior catástrofe meteorológica do RS’

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, afirmou nesta sexta-feira que o Rio Grande do Sul vive “a maior catástrofe meteorológica da história”. Em entrevista à EBC, ele afirmou que o bloqueio de rodovias no estado está causando problemas de desabastecimento em diversos municípios.

“Neste momento, estamos com 141 pontos de rodovias interrompidas, entre rodovias estaduais e federais”, disse Pimenta. “Isso faz com que algumas cidades já estejam sem combustível. Máquinas da prefeitura que estavam trabalhando na limpeza e desobstrução não têm diesel. As ambulâncias não conseguem circular no estado e médicos plantonistas não conseguem chegar nas cidades”, acrescentou o ministro.

 

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