Polícia faz operação contra fraudes em resultados de jogos de futebol
De acordo com a Polícia Civil de Goiás, quadrilha atuava em seis estados e já teria movimentado onze milhões de reais; há jogadores e técnicos envolvidos

Jogadores de futebol, ténicos e dirigentes de clube entraram na mira de uma grande operação que a Polícia Civil de Goiás faz nesta quarta-feira, 9, por conta da manipulação dos resultados de partidas. De acordo com o órgão, estão sendo cumpridos nesta manhã dezesseis mandados de prisão e de busca e apreensão em seis estados brasileiros.
A ação está sendo orquestrada pelo Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), entidades da polícia goiana. De acordo com as informações divulgadas pelas autoridades, a organização criminosa manipulava resultados de partidas de futebol, usando, inclusive, plataformas de casas de apostas.
O grupo é suspeito de ter movimentado onze milhões de reais nas suas atividades. Segundo a polícia, a organização criminosa tinha uma estrutura hierárquica organizada em financiadores, intermediários e executores. Nesse último grupo, estariam os jogadores de futebol, os treinadores e os dirigentes de clubes que foram alvo da operação. As identidades deles não foram divulgadas pela Polícia.
A operação foi batizada de Jogada Marcada — por conta da manipulação de resultados das partidas de futebol.
Casos como esse não são inéditos: em maio de 2023, o Ministério Público de Goiás denunciou o maior esquema até então conhecido de manipulação de resutados de jogos. A quadrilha atuou em jogos da Série A do Campeonato Brasileiro e em uma partida da Série B. O episódio foi tema da reportagem de VEJA da edição nº 2840.
O grupo conseguiu ampliar suas atividades e atuou em jogos de campeonatos regionais em São Paulo, Paraíba, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Assim como os suspeitos da operação desta quarta, os de 2023 também usavam casas de apostas online para cometer os delitos. Por conta desse episódio, o Congresso abriu a CPI das Apostas Esportivas, que ainda está em funcionamento ouvindo testemunhas e pessoas ligadas às bets.