A Polícia Civil de São Paulo anunciou que prendeu na última terça-feira, 8, um homem apontado como o maior receptador de celulares roubados ou furtados em todo o Brasil. O suspeito é natural de Guiné-Bissau e foi detido com 312 aparelhos, dos quais 64 eram objeto de ocorrências de roubo e furto.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de SP, Artur Dian, a quadrilha chefiada pelo suspeito coletava os dados dos celulares para aplicar golpes nas vítimas e depois enviava os aparelhos para revenda em outros países. O guineense foi preso durante busca e apreensão em dois imóveis na região central da capital paulista — na mesma área, também na terça-feira, oito acusados de tráfico de drogas na região da cracolândia foram detidos juntamente com mais de 100 quilos de cocaína.
“Quando a gente estuda quadrilha ilícita, você tem o roubo de celular, a receptação, a extração de dados e golpes via Pix e o envio desses aparelhos para outros países. E o que fomenta isso? O tráfico de drogas”, declarou o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite. Um dos presos é indicado como líder do tráfico na cracolândia, que coordenava as ações de outros traficantes, e foi identificado pela polícia utilizando uma peruca para se disfarçar na multidão.
Ainda de acordo com as autoridades, dois homens presos na operação são indicados como praticantes do chamado “sequestro Pix”, quando a vítima é forçada a pedir transferências a amigos e familiares fingindo precisar de ajuda para pagar contas.
Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o país teve quase um milhão de celulares roubados no ano passado (999.223), um aumento de 16,6% em relação a 2021.