A desesperança do brasileiro em relação à situação econômica piorou um pouco mais nos últimos dias na comparação com o início do ano, segundo levantamento feito entre os dias 27 de abril e 1º de maio pelo instituto Paraná Pesquisas e divulgado nesta terça-feira, 7.
De acordo com a pesquisa, 28,5% acreditam que a sua situação financeira irá piorar – esse número era de 24,5% em janeiro deste ano. Já os que acham que a sua condição econômica irá melhorar caiu de 34,7% para 31,7%. O percentual dos que acham que sua vida vai continuar na mesma ficou praticamente igual (35,6% ante; 36,0% agora).
Outra má notícia para Lula é que cresceu o percentual dos que acham que os preços dos alimentos subiram nas prateleiras dos supermercados: 55,0% pensam dessa forma em maio contra 48,4% de janeiro. Já os que acham que os preços abaixaram foi de 27,1% para 22,0%. Outros 20,2% avaliam agora que os valores nas gôndolas ficaram como estavam antes de Lula assumir – em janeiro, eram 22,1%.
Boas notícias
O levantamento traz ao menos dois indicadores positivos para Lula. Um deles é uma leve maioria acha que o preço da carne caiu, como havia prometido o petista na sua campanha eleitoral: 36,3% pensam assim contra 34,1% que acham o contrário. Outros 24,9% dizem que os preços desse produto nem subiram nem caíram depois que Lula voltou ao Palácio do Planalto.
Outro dado positivo é que oscilou um pouco para baixo o percentual daqueles que acreditam que está mais difícil conseguir um emprego com carteira assinada (de 29,2% em janeiro para 26,3% agora). Outros 28,1% acham que sob Lula está mais fácil conseguir um trabalho nessas condições (eram 29,7% em janeiro). Para maioria (38,6%) não fez nenhuma diferença a chegada de Lula ao poder (em janeiro, eram 31,0%).
A pesquisa foi feita com 2.020 eleitores maiores de 16 anos em 160 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.