O presidente Jair Bolsonaro (PL), em que pesem os escândalos recentes em investigação no Ministério da Educação e as suspeitas de prática de rachadinhas que envolvem ele e sua família, é o presidenciável mais honesto para 30,8% dos eleitores, o maior percentual atingido nesse quesito, segundo levantamento exclusivo feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 31 de março e 5 de abril.
Na sequência, aparece o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi um dos maiores alvos da Operação Lava-Jato e é apontado como o mais honesto por 25,1% dos pesquisados. Já o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), que foi o responsável por mandar o petista e vários outros acusados de corrupção para a cadeia, ficou com 12,3% (veja quadro abaixo).
Bolsonaro também é considerado mais preparado para combater a corrupção que Lula, mas nesse caso a disputa é mais apertada: 32,3% para o presidente e 25% para o petista. Já Moro aparece com 16,8%.
Se Bolsonaro é considerado mais honesto, Lula tem um outro trunfo para a eleição: é tido como o mais preparado para trabalhar pelos pobres por 50,6% dos entrevistados, muito acima de Bolsonaro, que tem 28,3%. A pobreza e a fome tendem a ser assuntos muito mais decisivos na eleição de outubro do que a corrupção, que foi uma tema decisivo na disputa de 2018.
No campo econômico, o duelo é equilibrado para saber quem é o mais preparado. Quando a pergunta é sobre quem se sairia melhor no controle da inflação, 38,4% apontam Lula e 31,3% citam Bolsonaro.
Quando a pergunta é sobre quem tem mais condições de melhorar a economia, a vantagem (pequena) também é do petista: 37,4% a 31,3%.
A pesquisa foi feita com 2.020 eleitores, por meio de entrevistas pessoais presenciais em 164 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o nº BR-08065/2022.