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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Pazuello garantiu apoio logístico a empresa antes de faltar oxigênio no AM

Gerente da White Martins, fornecedora do insumo, teve café da manhã com o ministro três dias antes de rede hospitalar entrar em colapso no estado

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 Maio 2021, 11h07

Em depoimento ao Ministério Público Federal do Amazonas, o gerente de negócios da White Martins Petrônio Bastos contou detalhes sobre a primeira reunião que teve com o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em 11 de janeiro deste ano, para falar sobre o risco de desabastecimento de oxigênio no estado, que de fato aconteceria três dias depois. O encontro se deu em um café da manhã na casa do ex-ministro, em Manaus.

“Passamos [a ele] a dificuldade do volume de oxigênio, o possível colapso, precisava saber o que vinha pela frente. Foi quando ele disse que a questão do apoio logístico não teria problema nenhum, que seria disponibilizado”, disse o gerente em depoimento obtido por VEJA. Apesar do otimismo de Pazuello, diversos hospitais registraram falta do insumo básico a partir do dia 14 de janeiro, com relatos de pacientes morrendo por asfixia e uma corrida desenfreada para conseguir cilindros de oxigênio pela cidade.

Segundo Bastos, o então ministro ainda lhe passou o contato do seu auxiliar direto, Airton Soligo, conhecido como Cascavel, para resolver qualquer tipo de problema que tivessem com o transporte. A Força Aérea Brasileira (FAB) já vinha atuando desde 8 de janeiro para levar oxigênio de Belém a Manaus pelo modal aéreo. As ações, no entanto, não foram suficientes para sanar a alta demanda pelo insumo nos hospitais.

No depoimento à Procuradoria, feito na condição de testemunha, o gerente da White Martins ainda relatou que vinha “reforçando” desde o dia 24 de dezembro de 2020 que precisava da previsão futura de consumo do oxigênio à medida em que as autoridades estavam abrindo a cada dia mais leitos de UTI. Também destacou que cabia ao governo do Estado — comandado por Wilson Lima (PSC-AM) —  fazer essa estimativa,  o que só começou a ser feito a partir do dia 12 de janeiro, quando o colapso já era irreversível diante dos problemas logísticos de Manaus.
“Nós não tínhamos essa informação”.

Em depoimento à mesma Procuradoria, desta vez na condição de investigado, o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêllo, explicou que a White Martins não havia sido clara sobre a possibilidade de desabastecimento nos hospitais. Segundo ele, o problema que a empresa havia lhe alertado era sobre a logística de cilindros e não sobre o risco de fornecimento. As declarações de Pazuello vão na mesma linha.

Campêllo, que é engenheiro de formação, ainda fez um desabafo ao dizer que, para ele, “era uma “novidade todos os assuntos sobre oxigênio a partir do dia 7 de janeiro”. Até aquela data, o governo estadual e federal vinham trabalhando com uma lógica de expansão da rede hospitalar, já que não paravam de aparecer novos casos de Covid-19. A ação precisou ser interrompida quando eles perceberam que não havia oxigênio suficiente nem para as vagas de UTI que já estavam disponíveis. Infelizmente, era tarde demais.

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