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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Para defender Janja, PT lança megaofensiva contra Michelle Bolsonaro

'Cada requerimento contra Janja, vamos apresentar dois contra Michelle', afirma Lindbergh Farias, líder petista na Câmara

Por Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 mar 2025, 21h07 - Publicado em 4 mar 2025, 17h00

Na última semana, o PT apresentou um pacote de iniciativas no Congresso que tem como alvo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, no que foi anunciado como uma espécie de retaliação aos ataques da oposição contra a atual primeira-dama, Janja da Silva. Os requerimentos foram enviados pelo líder petista na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), a quatro órgãos governamentais.

Nos ofícios, o PT solicita informações sobre uma série de denúncias contra Michelle Bolsonaro por supostas irregularidades em movimentações financeiras, uso do cartão corporativo e viagens com assessores, além de suspeitas em torno do programa Pátria Voluntária, que incentiva o trabalho de voluntariado no Brasil e que foi comandado por ela na gestão de Jair Bolsonaro. Os inquéritos tramitam no âmbito do Ministério Público Federal (MPF), da Controladoria-Geral da União (CGU), da Polícia Federal e da Casa Civil.

Pelas redes sociais, Lindbergh — que já havia acusado Michelle Bolsonaro de praticar “rachadinha” em outras ocasiões — deixou explícito que a manobra ocorre em reação às investidas bolsonaristas contra os supostos gastos excessivos de Janja. “(Para) cada requerimento contra Janja, nós vamos apresentar duas contra Michelle Bolsonaro. VAMOS PRA CIMA!”, publicou o deputado em seu perfil no Instagram.

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Saques em espécie e transferências a pessoas próximas

Nos ofícios enviados à PF e ao MPF, Lindbergh questiona saques em dinheiro vivo das contas do ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda no comando do Planalto, que seriam destinados a custear despesas pessoais de Michelle e pessoas próximas a ela. Em diversas ocasiões, essas operações foram realizadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e funcionários subordinados a ele.

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Entre as beneficiárias dos pagamentos, são citadas uma tia de Michelle Bolsonaro e uma amiga, Rosimary Cardoso, assessora parlamentar no Senado e dona de um cartão de crédito que seria utilizado pela ex-primeira-dama. O esquema, segundo investigações das autoridades, envolveria transferências às contas da empresa Cedro do Líbano Comércio de Madeiras, contratada como fornecedora do governo federal, e o sargento Luís Marcos dos Reis, funcionário de Mauro Cid.

Nos requerimentos, Lindbergh acusa as movimentações de configurar “caixa paralelo destinado a custear despesas da ex-primeira-dama, de maneira a ocultar a origem dos recursos”. Na prática, a denúncia do petista é de que Michelle teria cometido “rachadinha” — repasses a servidores públicos com o objetivo de pagar contas próprias — e usado a empresa Cedro do Líbano para lavar as transferências irregulares.

Viagens do Pátria Voluntária

À Casa Civil, Lindbergh solicitou informações sobre todos os voos realizados por Michelle Bolsonaro entre 2019 e 2022, bem como as pessoas que acompanharam a então primeira-dama nas viagens. O objetivo, segundo o deputado, é apurar se Michelle utilizou o programa Pátria Voluntária para fins pessoais.

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O ofício encaminhado pelo deputado ao ministro Rui Costa traz os seguintes questionamentos:

  1. Quais, quantos, qual período e qual a natureza dos voos com a presença da ex-primeira dama, Sra. Michele Bolsonaro, no período compreendido entre 01/01/2019 até 31/12/2022?;
  2. Quem acompanhou a ex-primeira dama, Sra. Michele Bolsonaro, em cada viagem, individualizando familiares, assessores diretos ou servidores nomeados no Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado, conhecido como Pátria Voluntária?;
  3. Qual o prazo de duração de cada viagem realizada pela ex-primeira dama, Sra. Michele Bolsonaro?;
  4. Quais documentos subsidiaram as solicitações de voos para a ex-primeira dama, Sra. Michele Bolsonaro, seus familiares, assessores diretos ou servidores nomeados no Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado, conhecido como Pátria Voluntária, discriminando os voos realizados com aeronaves da FAB ou de empresas privadas, indicando as agendas cumpridas?;
  5. A ex-primeira dama, Sra. Michele Bolsonaro, seus familiares, assessores diretos ou servidores nomeados no Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado, conhecido como Pátria Voluntária usaram voos sob alegação de sigilosos? Qual o destino? A sigilosidade foi afastada e dada publicidade às viagens?
  6. Qual o custo de cada viagem? Ocorreu com ou sem ônus para o erário?;
  7. Houve relatórios de viagens disponibilizados para justificação das viagens custeadas pelo erário? Em caso positivo, requer-se acesso a tais relatórios;
  8. As viagens internacionais se deram em cumprimento a interesses públicos e/ou estratégicos para o Brasil? Quais os eventos e desdobramentos dos mesmos?

O Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado foi iniciado em julho de 2019, durante a presidência de Jair Bolsonaro, com a missão de incentivar o trabalho voluntário, as doações e as ações de solidariedade no Brasil. A iniciativa foi coordenada por Michelle Bolsonaro desde sua criação até a extinção, em março de 2023, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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PL repudia acusações

Em nota, o PL Mulher, ala feminina do partido dirigida por Michelle Bolsonaro, afirma que Lindbergh “requentou uma série de denúncias mentirosas” e que os requerimentos representam “uma louca tentativa de fazer desviar os olhos da população dos recentes escândalos do governo petista, da alta dos preços dos alimentos e da gasolina, bem como das gafes e gastos da atual primeira-dama”.

“A Assessoria de Comunicação do PL Mulher vem por meio desta manifestar repúdio em relação aos mais recentes ataques desferidos e/ou patrocinados pela extrema esquerda petista como resultado do evidente desespero dos integrantes da sigla (PT) diante do aumento, não só dos preços dos alimentos, mas também da taxa de rejeição ao governo ao próprio presidente Lula em todo o Brasil”, afirma o comunicado divulgado pelo partido na última segunda-feira 3.

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