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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Para 52%, prisão de Bolsonaro seria injusta, diz pesquisa

Levantamento foi realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 9 Maio 2024, 10h32 - Publicado em 8 fev 2024, 20h33

Levantamento feito pelo Paraná Pesquisas aponta que mais da metade (52,7%) dos entrevistados considerariam uma eventual prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro injusta. Para 38, 3% têm opinião contrária. O levantamento aponta que, entre os eleitores de Bolsonaro, 95% dos eleitores disseram achar injusto se o ex-presidente for preso – apenas 2% considerariam justa. Entre os eleitores de Lula, 71,9% dos entrevistados disseram achar justa a prisão do ex-presidente, enquanto 18,6% acharia injusta.

O instituto ouviu 2026 eleitores em 26 Estados e no Distrito Federal entre os dias 24 e 28 de janeiro. Antes, portanto, da deflagração da operação desta quinta-feira, 8, que obrigou o ex-presidente a entregar seu passaporte. Segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, Bolsonaro participou ativamente de uma trama para dar um golpe do estado que o recolocaria no poder após perder a eleição para Lula. A ação previa a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal e do presidente do Congresso Nacional , senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Na nova sondagem, o Paraná Pesquisa perguntou a percepção dos eleitores sobre o 8 de Janeiro. Para 49,2% dos entrevistados, Bolsonaro não tem responsabilidade sobre a invasão às sedes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, em Brasília. Na opinião de 41,1%, o ex-presidente tem, sim, responsabilidade pelo vandalismo.

Naquele dia 8, milhares de apoiadores de Bolsonaro inconformados com o resultado da eleição que deu vitória a Lula invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes numa ação classificada pelo Supremo Tribunal Federal como uma tentativa de golpe de estado e de abolição violenta do estado democrático de direito.

Ao avaliar o que aconteceu naquele 8 de janeiro, 35% dos entrevistados disseram que a democracia brasileira não correu risco com a depredação dos prédios públicos. Para 26,5% a democracia brasileira correu algum risco naquele dia, e 31,9% avaliaram que o risco foi grande. Entre os entrevistados 48,1% afirmaram discordar e 42,8% concordar com as condenações de participantes dos atos de 8 de janeiro a penas superiores a 15 anos de prisão.

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Motivação

A pesquisa mensurou ainda a opinião dos eleitores sobre a motivação dos manifestantes para invadir e depredar as sedes do Congresso, Supremo e governo federal. Para 28,2% dos entrevistados, as depredações foram motivadas por fanatismo político e polarização, e 19,5% disseram que os agressores estavam motivados por uma tentativa de golpe de estado. Fraude eleitoral foi apontado como motivo por 13,3% e 12,6% apontaram que foi por manipulação de terceiros. Entre os entrevistados, 7,7% disseram que o ato foi por patriotismo. As opções foram citadas espontaneamente pelos entrevistados.

Para 47,5% dos entrevistados não houve omissão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no combate à atuação dos manifestantes em 8 de janeiro. Para 39,2% houve omissão do presidente.

A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais e para menos. a taxa de confiança é de 95%.

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