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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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‘Padre armamentista’ defende matar em legítima defesa e ora com Bolsonaro

Edivaldo Ferreira, que atua em Joinville, aparece armado em posts no Instagram e foi uma das estrelas de um importante evento do setor de armas

Por Victoria Bechara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 22h57 - Publicado em 7 ago 2023, 18h06
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  • Um dos mais concorridos eventos armamentistas do país, a ShotFair 2023 reuniu em Joinville (SC) na última semana alguns dos maiores empresários do setor, como os donos da Taurus e da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), e defensores do armamento da população. Entre os palestrantes, no entanto, um chamou atenção: vestido de batina, um padre falou por uma hora em um painel sobre “O Cristão e a Legítima Defesa”. 

    Edivaldo Ferreira atua na Paróquia Sagrada Família de Joinville, da Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB), e se define nas redes sociais como “padre armamentista”. Ele pratica tiro esportivo e também é coordenador regional do Proarmas, uma das maiores entidades do lobby armamentista no país.

    O padre ostenta fotos com armas no Instagram, compartilha vídeos treinando tiro em clubes e defende o porte para cidadãos comuns. Em uma publicação no TikTok, ele defende que matar alguém em legítima defesa não seria um pecado e cita um trecho bíblico como justificativa. “Êxodo 22:2. O cara estava ali roubando, se eu matei o cara para me defender e defender a minha família, não sou culpado de homicídio”, diz.

    Padre Edivaldo em palestra na ShotFair 2023
    Padre Edivaldo em palestra na ShotFair 2023 (Reprodução/Instagram)

    Edivaldo também faz ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e é apoiador declarado de Jair Bolsonaro. Em 29 de julho, se encontrou com o ex-presidente e divulgou um vídeo fazendo uma oração pelo político. Ele também posou para fotos com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o seu irmão Jair Renan Bolsonaro em outras ocasiões.

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    Em nota, a Diocese de Joinville esclareceu que o padre não trabalha lá, como ele alega nas redes sociais. “A Diocese de Joinville explica que o padre pertence à Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB). Esta igreja, apesar de se denominar católica, não está em comunhão com o Santo Padre, Papa Francisco, e não faz parte da Igreja Católica Apostólica Romana”, disse em nota.

     

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