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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Os últimos (e suaves) passos do ‘inimigo número 1’ de Lula e do PT

Alvo de críticas do petismo, Roberto Campos Neto elogia a transição para Gabriel Galípolo e se despede em reunião do Conselho Monetário Nacional

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 19 dez 2024, 16h15 - Publicado em 19 dez 2024, 15h33

Embora tenha sido a principal pedra no sapato do governo federal quando o assunto é a política monetária do país, Roberto Campos Neto afirmou nesta quinta-feira, 19, na derradeira entrevista de seu mandato à frente da presidência do Banco Central, que está fazendo uma transição “suave”. Ele deixa o cargo nesta sexta-feira, 20, para o recesso natalino, e não volta mais — ele será substituído por Gabriel Galípolo, que assume interinamente até o final do ano e efetivamente a partir de janeiro.

Ao falar na entrevista, Galípolo confirmou a “suavidade” da transição e foi além, afirmando que está sendo “entre amigos”. Segundo ele, para facilitar o processo de transição, ficou estabelecido que os posicionamentos do próximo presidente teriam mais peso nas decisões nas últimas reuniões.

Galípolo também defendeu a atuação de seu antecessor à frente do BC, alvo de fortes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principalmente por decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) que mantiveram as taxas de juros acima do esperado pela equipe econômica do governo. “Sou testemunha de que o Roberto em todas as reuniões atuou com preocupação em relação ao país, sempre pensando no que é melhor para a economia brasileira”, disse.

A transição entre Campos Neto e Galípolo é a primeira na presidência desde que o BC se tornou autônomo em relação ao governo. Primeiro gestor dessa fase, Campos Neto foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Seu mandato foi de quatro anos, sendo dois deles já durante o governo Lula. Essa fase foi marcada por críticas do petista ao presidente do BC.

Em junho deste ano, Lula classificou Campos Neto como um “adversário político e ideológico”, o acusou de “trabalhar para prejudicar o país”. “O presidente do BC é um adversário político, ideológico e do modelo de governança que fazemos”, afirmou, durante entrevista a uma emissora de rádio. Na mesma entrevista, o presidente sinalizou que “as coisas voltariam à normalidade” após sua substituição — Galípolo foi indicado por Lula.

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No mês seguinte, quando o BC interrompeu uma sequência de quedas na taxa de juros, Lula chegou a questionar a necessidade de autonomia do Banco Central. “Quem quer o Banco Central autônomo é o mercado. Eu tive um Banco Central independente, o (Henrique) Meirelles ficou oito anos no Banco Central no meu governo, sem que o presidente se metesse. O que você não pode é ter um Banco Central que não está combinando com o que é o desejo da população”, afirmou na ocasião.

Na derradeira semana de trabalho, Campos Neto se reuniu com representantes de empresas operadoras financeiras, com a cúpula do  Conselho de Administração do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e de bancos como Bradesco e Bank of America, além de entidades e parlamentares ligados ao cooperativismo. Sua derradeira atividade é a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), na tarde desta quinta-feira.

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