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Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Os sete superfavoritos que podem liquidar as eleições neste domingo

Nessas capitais, mandatários têm mais de 60% dos votos válidos e largas vantagens sobre seus rivais na véspera da votação

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 out 2024, 10h00
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  • Das 26 capitais brasileiras que vão às urnas neste domingo, 6, vinte delas podem renovar os mandatos dos atuais prefeitos para mais quatro anos já no primeiro turno.

    Com a máquina na mão, a exposição midiática e as alianças políticas da gestão atual, os chefes desses Executivos municipais têm largas vantagens sobre seus adversários, com percentuais acima de 60% dos votos válidos, o que é mais que suficiente para evitar a segunda etapa de votação — pela lei eleitoral, o concorrente que aferir 50% mais um dos votos válidos vence no primeiro turno.

    Os candidatos à reeleição deixam de ser favoritos apenas quando a gestão é mal avaliada, como os casos de Belém, Goiânia e Teresina, onde os atuais prefeitos estão com baixíssima — para não dizer nenhuma — probabilidade de ir ao segundo turno.

    Nas outras capitais, dezesseis prefeitos brigam ainda para avançar à segunda fase do processo eleitoral e sete deles têm alta possibilidade de encerrarem a disputa já neste domingo. Veja abaixo quem são:

    1 – Antônio Furlan (Macapá)

    OS RIVAIS - O prefeito Antônio Furlan, com a esposa, Rayssa: suspeito de um esquema de compra de votos na eleição passada -
    O prefeito da capital do Amapá, Antônio Furlan, e a primeira-dama Rayssa Furlan (@rayssacfurlan/Facebook)

    O prefeito da capital do Amapá, Antônio Furlan (MDB), chegou a ter 91% das intenções de voto, em levantamento da Quaest no fim de agosto. Na reta final, o percentual foi reduzido, está em 86% segundo pesquisa Quaest divulgada no sábado, 5, mas Dr. Furlan, como é conhecido, ainda tem grande vantagem sobre os adversários – outros quatro candidatos somam apenas 14% dos votos. 

    2 – João Campos (Recife)

    João Campos
    O prefeito de Recife, João Campos (PSB), deve de se eleger no primeiro turno (PSB/Divulgação)
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    Com a gestão aprovada por 76% da população segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira passada, o prefeito da capital pernambucana também tem tudo para ser reconduzido ao cargo neste domingo. Na véspera das eleições, João Campos (PSB) tem 77% dos votos, bem à frente de Gilson Machado (PL), ex-ministro de Jair Bolsonaro, que tem 12%, uma distância de 65 pontos percentuais.  

    3 – João Henrique Caldas (Maceió)

    Arthur Lira (PP), o atual prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o candidato a vice, Rodrigo Cunha (Podemos) e o deputado Alfredo Gaspar (União)
    Arthur Lira (PP), o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o candidato a vice, Rodrigo Cunha (Podemos), e o deputado Alfredo Gaspar (União) (Reprodução/Instagram)

    No último levantamento do instituto Paraná Pesquisas que mediu a avaliação da gestão em Maceió, 61,4% da população da capital de Alagoas aprovou a gestão de João Henrique Caldas (PL). A boa avaliação, junto à influência do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que o apoia, devem levar JHC, como é conhecido, à reeleição neste domingo. Ele aparece na véspera da eleição com 77% das intenções votos. O principal adversário, Rafael Brito (MDB), apoiado pelo senador Renan Calheiros, tem 16%. A vantagem é de 61 pontos percentuais.  

    4 – Bruno Reis (Salvador)

    Eleições
    O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), deve se eleger neste domingo (Divulgação/Divulgação)

    Do grupo político do ex-prefeito ACM Neto, Bruno Reis (União) não deve ter problemas para ser reconduzido ao cargo na principal cidade da Bahia. Segundo a pesquisa Quaest deste sábado, o atual mandatário tem 74% dos votos válidos, contra 15% de Geraldo Júnior (MDB), candidato do presidente Lula e do governador Jerônimo Rodrigues (PT). A distância é de 59 pontos percentuais.

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    5 – Arthur Henrique (Boa Vista)

    .
    Prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique, está prestes a ser reconduzido ao cargo por mais quatro anos (MDB/Divulgação)

    O prefeito da capital de Roraima se manteve à frente durante toda a campanha e deve ganhar, sem maiores surpresas, as eleições já neste domingo. A principal adversária é a deputada estadual Catarina Guerra (União Brasil), que enfrenta problemas na Justiça Eleitoral, mas concorre apoiada em liminar concedida pelo ministro Kassio Nunes Marques, do TSE. A um dia do pleito, Arthur Henrique (MDB) aparece com 72% dos votos válidos, com a principal rival, Catarina Guerra,  47 pontos percentuais atrás — tem 25%. 

    6 – Eduardo Braide (São Luís)

    O RIVAL - Eduardo Braide: prefeito tenta reeleição contra grupo criado por Dino
    Eduardo Braide deve renovar o seu mandato como prefeito de São Luís, no Maranhão (@eduardobraide/Instagram)

    Na capital do Maranhão, a provável reeleição de Eduardo Braide (PSD) é um bom exemplo para aferir a vantagem de quem está no poder. O atual prefeito deve ganhar no primeiro turno com 64% dos votos válidos. O principal adversário, Duarte Júnior (PSB), tem 25%. O deputado é do grupo político formado pelo ministro Flávio Dino, do STF, e conseguiu o apoio formal de Lula. No entanto, o prefeito tem uma vantagem de 39 pontos percentuais na véspera da votação 

    7 – Eduardo Paes (Rio de Janeiro) 

    À FRENTE - O prefeito Eduardo Paes em ação: costuras decisivas com evangélicos
    O prefeito Eduardo Paes (PSD) está muito próximo da reeleição no Rio de Janeiro (Paulo Carneiro/Ato Press/Folhapress/.)
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    O prefeito da segunda maior cidade do país tem tudo para entrar no seu quarto mandato à frente da prefeitura do Rio, em 2025. Apesar de Jair Bolsonaro ter feito um último esforço na capital fluminense para tentar levar Alexandre Ramagem (PL) para o segundo turno, a popularidade do prefeito Eduardo Paes (PSD) deve garantir a vitória já neste domingo. A pesquisa mais recente mostra o candidato à reeleição com 61% dos votos válidos contra 29% do deputado bolsonarista. A diferença é de 32 pontos percentuais. 

    Outros favoritos

    Em seis capitais, os atuais prefeitos tem 50% ou mais dos votos válidos, mas isso não é suficiente para projetar com segurança a vitória no primeiro turno, porque é preciso considerar as margens de erro. Em todo caso, estão bem próximos de uma vitória no primeiro turno. São eles:

    Rio Branco

    – Tião Bocalom (PL) tem 58%, à frente de Marcus Alexandre (MDB), com 32%.

    João Pessoa

    – Cícero Lucena (PP) tem 55%, seguido por Ruy Carneiro (Podemos), com 17%; Marcelo  Queiroga (PL), com 16%; e Luciano Cartaxo (PT), com 12%.

    Florianópolis

    – Topázio Neto (PSD) tem 53%, seguido por Marquito (PSOL), com 21%, e Dário Berger (PSDB), com 14%.

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    Porto Velho

    – Mariana Carvalho (União) tem 52%, seguida por Leo Moraes (Podemos), que tem 22%.

    Vitória

    – Lorenzo Pazolini tem 50%, seguido por Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), com 23%, e João Coser (PT), com 22%.

    Porto Alegre

    – Sebastião Melo (MDB) tem 50%, seguido por Maria do Rosário (PT), com 26%, e Juliana Brizola (PDT), com 23%

    Pesquisas

    As projeções foram baseadas na avaliação dos prefeitos, o comportamento das pesquisas de eleição de voto e as últimas pesquisas Quaest, divulgadas no sábado, 5, véspera do pleito municipal.  As pesquisas analisadas ouviram de 904 a 2004 eleitores, a depender do tamanho da população dos municípios, entre os dias 3 e 5 de outubro, de forma presencial. As margens de erro variam entre dois e três pontos percentuais. Todos os levantamentos foram registrados no Tribunal Superior Eleitoral.

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