O sumiço do coach que tenta ser presidente da República
Alvo de inquérito criminal após expedição em montanha, Pablo Marçal (Pros) vem driblando oficiais de Justiça
Proibido de realizar eventos externos que coloquem seus seguidores em risco, o coach Pablo Marçal, pré-candidato a presidente pelo Pros, está desde janeiro na mira de oficiais de Justiça para que ele assine uma intimação.
No dia 5 do mesmo mês, o influenciador digital realizou uma expedição com um grupo de 32 pessoas ao Pico dos Marins, em Piquete, no interior de São Paulo. Durante a madrugada, o tempo virou e os participantes não conseguiram mais permanecer no local. Acionado, o Corpo de Bombeiros fez o resgate da turma e criticou a ação de Marçal.
O caso foi parar na polícia, que abriu um inquérito para apurar supostos crimes de tentativa de homicídio. Na semana seguinte, a juíza Rafaela D’Assumpção Cardoso Glioche foi categórica: “Impor a Pablo Henrique Costa Marçal a medida cautelar de proibição de realizar qualquer atividade externa precipuamente na natureza (seja em montanhas, picos, rios, lagos, mares, ou em locais correlatos), por si ou por interposta pessoa, sem prévia e expressa autorização da Polícia Militar (aqui considerando a corporação em si, Corpo de Bombeiros e Polícia Ambiental), Prefeitura Municipal e Defesa Civil da localidade visada, sob o pretexto de sua atividade de coach ou em programas motivacionais”.
Desde então, os oficiais de Justiça fizeram diversas tentativas de notificação nos endereços do acusado, sem sucesso. Em 26 de maio, o Ministério Público pediu a notificação pelos contatos digitais de Marçal. Com 2,2 milhões de seguidores no Instagram, o coach esteve no último fim de semana no Pará e no Ceará para eventos políticos, todos em solo firme.