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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O saldo da catástrofe de Capitólio, mais de um ano depois

Cidade no sudoeste de Minas Gerais ainda tenta se reerguer dos efeitos econômicos da tragédia que matou 10 pessoas em janeiro de 2022

Por Da Redação
6 fev 2023, 16h51
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  • Já faz mais de um ano que um paredão rochoso se desprendeu e atingiu quatro lanchas, matando dez pessoas e ferindo 27, na tragédia que aconteceu no Lago de Furnas, em Capitólio, região no sudoeste de Minas Gerais.

    Desde o momento da tragédia, a Polícia Civil de MG instaurou um inquérito para investigar as causas do acidente, mas poucos meses depois chegou à conclusão de que eventos naturais causaram o desprendimento das rochas e que o “processo geológico de remodelamento de relevo” é comum na região, favorecendo o acidente. Por isso, ninguém foi culpado.

    No entanto, a Polícia Civil apresentou uma lista de sugestões para aumentar a segurança das atividades turísticas no lago. Foram incorporadas, por exemplo, regras de distância mínima das embarcações para os paredões, limites de quantidade e velocidade de barcos em cada trecho, elaboração de termos de consentimento para os visitantes e uso obrigatório de coletes salva-vidas e capacetes.

    Na época, o município também contratou uma equipe de geólogos para avaliar diariamente a estabilidade dos blocos de pedra, além de instalar melhorias no sistema de alerta e o mapeamento das zonas de maior risco.

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    As medidas possibilitaram com que o passeio turístico no lago voltasse a abrir menos de três meses depois do acidente, em abril de 2022. A reabertura ainda foi auxiliada pela campanha do governo do estado “Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas”, que arrecadou cerca de 5 milhões de reais para investir no turismo da região.

    Mesmo assim, a região ainda luta para devolver o turismo local ao patamar que tinha antes da tragédia. Estimativas apontam que, economicamente, o trade turístico de Capitólio sofreu mais com o acidente de 2022 do que durante os meses de fechamento pela pandemia de Covid-19. Para janeiro e fevereiro de 2023, por exemplo, a prefeitura anunciou um calendário especial com shows e eventos gastronômicos que, aliados às atrações turísticas, têm a intenção de reerguer esse setor econômico.

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