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O que impede ACM Neto de abraçar Bolsonaro na Bahia

Campanha de ex-prefeito precisa dos votos bolsonaristas para ter chances no segundo turno, mas abraçar o presidente pode fazê-lo perder eleitores de Lula

Por Diogo Magri 9 out 2022, 08h56
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  • O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), passou para o segundo turno nas eleições para o governo da Bahia com 700 mil votos a menos que o líder, o ex-secretário de Educação Jerônimo Rodrigues (PT). Em pontos percentuais, o petista somou 49,45% dos votos válidos, enquanto Neto ficou com 40,80%. Ou seja, faltou menos de um ponto percentual para Rodrigues fechar a disputa sem a necessidade de segunda votação.

    A distância entre ambos é igual ao número de votos que teve o terceiro colocado do pleito, o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), João Roma (PL). Roma levou 738 mil votos e somou 9,08%. Nessa matemática, faria todo o sentido que ACM Neto acenasse ao eleitor bolsonarista em busca dos votos de Roma para ter chances no segundo turno. Até porque Rodrigues conta com o apoio do outro presidenciável em disputa, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Na prática, no entanto, a conta é mais complicada. Neto e Roma até eram aliados antigos, mas romperam quando o ex-ministro entrou para o governo Bolsonaro, e trocaram farpas intensas durante a campanha, que chegaram ao nível de ataques pessoais.

    Agora, Roma condiciona seu apoio a um posicionamento claro de Neto a favor da candidatura nacional de Bolsonaro, algo que ainda não aconteceu e não deve acontecer até o fim da campanha (embora o presidente já tenha se colocado à disposição).

    Isso porque no cálculo da campanha do ex-prefeito, um aceno claro a Bolsonaro o faria perder votos lulistas. No primeiro turno, Lula teve quase 70% de votos no estado, dos quais menos de 50% foram para o candidato petista ao governo — o que sugere, de fato, o voto “Lula-ACM”. Além disso, a campanha de Neto também espera que os eleitores de Roma migrarão automaticamente para ele por conta da rejeição que têm ao PT.

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    Portanto, a posição de ACM até o momento é de neutralidade em relação à polarização nacional. “Isso tem inviabilizado qualquer aliança”, resume o deputado federal João Bacelar (PL-BA), aliado de João Roma. O apoio seria significativo para Bolsonaro, que tenta reduzir sua desvantagem para Lula no Nordeste, onde foi derrotado em todos os estados.

    Do outro lado, a campanha petista aposta na nacionalização do pleito estadual para aumentar a margem entre Rodrigues e Neto e consolidar a vitória no segundo turno, estendendo o domínio do partido no estado, que já dura desde 2007. “A taxa de conhecimento do eleitor sobre Jerônimo ainda não chegou no teto, e é para isso que vamos trabalhar”, disse Éden Valadares, presidente estadual do PT na Bahia, se referindo à parcela de eleitores que ainda não conhecem o candidato, que estreou em campanhas eleitorais neste ano.

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