O que falta para o PSDB fechar apoio à reeleição de Nunes em São Paulo
Os oito vereadores do partido já se colocaram ao lado do atual prefeito, mas decisão final depende da futura direção nacional da legenda

O PSDB em São Paulo deve definir até o início de dezembro se apoiará formalmente a reeleição de Ricardo Nunes (MDB) à prefeitura da capital.
Uma regra interna do partido determina que, para as cidades com mais de 100.000 habitantes, a indicação para a configuração das disputas municipais devem, obrigatoriamente, passar pelo crivo da Executiva Nacional. A cúpula, por sua vez, realiza em 30 de novembro a convenção para escolha da nova direção nacional — data a partir da qual deve ser batido o martelo sobre a corrida às prefeituras.
Na cidade de São Paulo, os oito vereadores da bancada do PSDB — a maior da Câmara, ao lado do PT –, já declararam apoio à reeleição de Nunes e recomendaram à direção nacional o endosso ao emedebista. Resta agora a aprovação da futura Executiva Nacional para fechar a configuração.
Turbulência
O PSDB vive hoje o que pode ser considerado o período mais conturbado da legenda. Além da debandada de prefeitos e o encolhimento do partido na Câmara dos Deputados, a sigla ainda enfrenta rachas internos.
Atual presidente da legenda, o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite não deve disputar a renovação do mandato no comando da sigla, que agora tem como principal postulante o ex-governador de Goiás Marconi Perillo. Em outubro, Leite despertou a fúria de parte do tucanato paulista ao suspender, por seis meses, a convenção estadual do partido. Com a postergação, a Executiva Nacional designou uma comissão provisória para comandar o diretório estadual e municipal.
Com a decisão, quem assumiu a direção do PSDB na capital foi o ex-secretário municipal da Casa Civil, Orlando Faria, aliado de Leite. Paralelamente, o ex-presidente municipal, Fernando Alfredo, questiona na Justiça a dança das cadeiras.