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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O pagodeiro e o garimpo: Alexandre Pires entra na mira da PF

Cantor do grupo Só Pra Contrariar teria recebido 1 milhão de reais de uma mineradora investigada; ele foi alvo de ação em navio de cruzeiro onde faria show

Por Da Redação Atualizado em 9 Maio 2024, 18h48 - Publicado em 5 dez 2023, 10h00

O cantor Alexandre Pires, que fez fama com o grupo de pagode Só Pra Contrariar, sucesso do gênero desde os anos 1990, virou alvo de uma operação da Polícia Federal de combate a garimpos ilegais em terras indígenas.

A PF deflagrou na segunda-feira, 4, a Operação Disco de Ouro para desarticular um esquema de financiamento e logística ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Foram cumpridos dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista e Mucajaí, em Roraima, além de São Paulo e Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC). Também foi determinado o sequestro de mais de 130 milhões de reais dos suspeitos.

O cantor Alexandre Pires foi alvo da ação em um navio de cruzeiro, onde faria um show. Um apartamento seu em Itapema (SC) também foi alvo de busca e apreensão. Ele teria recebido cerca de 1 milhão de reais de uma mineradora investigada. O empresário do músico é outro alvo da investigação.

A operação é um desdobramento de uma ação da PF deflagrada em janeiro de 2022, quando 30 toneladas de cassiterita extraídas da terra indígena foram encontradas na sede de uma empresa investigada, e depois seriam destinadas ao exterior.

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Lavagem de dinheiro

O inquérito, segundo a PF, indica que o esquema seria voltado para a “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da área ianomâmi, no qual o minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba (PA) e supostamente transportado para Roraima para tratamento. As investigações apontam que tal dinâmica ocorreria apenas no papel, já que o minério seria originário do próprio estado de Roraima.

Ainda de acordo com a PF, foram identificadas transações financeiras que relacionariam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas.

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