Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

O embate com o União Brasil que pode virar dor de cabeça para Tarcísio

Deputados têm cobrado indicações em troca de apoio supostamente fechado nas últimas eleições e prometem obstruir votações do governo

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 Maio 2024, 00h30 - Publicado em 3 jul 2023, 16h58

Apontado como principal herdeiro eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro — declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última semana –, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem tentado passar a imagem de um gestor eficiente e tocador de obras. Em seis meses de gestão, a principal vitrine é um ambicioso pacote que inclui projetos de concessões, privatizações e parcerias público-privadas (PPIs) que pretendem atrair investimentos de até 190 bilhões de reais.

Ele, no entanto, tem enfrentado dificuldades relacionadas ao ambiente político — é o primeiro cargo eletivo que ocupa. Reportagem de VEJA desta semana mostra como, na Assembleia Legislativa (Alesp), o primeiro sinal de alerta veio do próprio PL, que compõe a base governista na Casa, quando parte da bancada se insurgiu contra o projeto de reajuste salarial para policiais, enviado pelo Executivo. A situação acabou contornada e, o projeto, aprovado, mas o ruído incomodou o governo, que contava com o apoio natural da base. Por ora, deputados aliados veem o episódio como um fato isolado de uma “minoria” da bancada que é hoje a maior da Casa, com 19 parlamentares, mas alertam para um cenário difícil em votações futuras.

Mais recentemente, Tarcísio tornou-se alvo da fúria de parte do União Brasil, que pleiteia a Secretaria de Habitação — pasta com recursos vultosos e importante peça na execução das várias obras estado afora. Lideranças da sigla queixam-se de que o posto teria sido negociado em troca do apoio a Tarcísio no segundo turno das eleições contra Fernando Haddad (PT), e reclamam, ainda, da falta de acordos sobre cargos em segundo e terceiro escalões. A queixa principal é a de que as “demandas” das indicações são passadas ao secretário de Governo, Gilberto Kassab, mas que o secretário da Casa Civil, Arthur Lima, não as tem atendido.

O episódio mais escancarado do aumento da temperatura com o União se deu quando, no final de junho, deputados do partido decidiram obstruir a votação do projeto de captação de recursos para o Trem Intercidades — linha expressa que ligará a capital a Campinas — e prometeram bloquear votações futuras. A movimentação tem preocupado o Executivo, que está prestes a apresentar projetos importantes, entre eles a reforma administrativa que pretende “enxugar” 5.000 cargos ociosos no estado.

Continua após a publicidade

A interlocutores, Tarcísio tem garantido que não irá negociar mudanças em seu secretariado em troca de apoio no Legislativo e que prefere, inclusive, sofrer eventuais derrotas do que desmembrar seu “time técnico”. “Se um ou outro partido não votar a favor, paciência. Caberá a esses deputados explicar para a população e para seu eleitorado o porquê de estar se opondo a um projeto que trará benefício ao estado”, diz um aliado.

A visão é reforçada pelo líder do Republicanos na Alesp, Altair Moraes, que avalia os entraves com o União Brasil como inerentes à política. “O governador não vai entrar em jogo de interesses, ele jamais vai aceitar a faca no pescoço com imposição. O que vemos é que existe resistência de um ou outro deputado, não é todo o União, não é todo o PL. E isso é resolvido com base no diálogo”, afirma.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.