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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O áudio da discórdia que dividiu a cúpula do PCC neste ano

Fala de ‘Marcola’ que chama o ex-número dois da facção, ‘Tiriça’, de ‘psicopata’ foi usada para ampliar pena de comparsa e abriu um racha entre os líderes

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 nov 2024, 08h00

Em 2022, durante um atendimento médico na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, Marco Willians Herbas Camacho, o “Marcola”, principal líder do PCC, disse que Roberto Soriano, o “Tiriça”, era um dos integrantes mais violentos da facção. Trata-se de um “psicopata”, resumiu o número um da mais poderosa organização criminosa do país. O áudio foi usado no julgamento de “Tiriça”, que acabou condenado a 31 anos de prisão em 2023 por ter mandado matar uma psicóloga que atendia na Penitenciária Federal de Catanduvas, no oeste do Paraná. A conversa de “Marcola” com os agentes penitenciários foi considerada uma delação por parte dos integrantes do Primeiro Comando da Capital e provocou um racha na cúpula da organização criminosa, o que não se via há duas décadas — edição de VEJA que está nas bancas mostra como facção se tornou uma multinacional do crime.

“Tiriça” era visto como o “zero dois” do PCC e tentou formar uma facção paralela: o Primeiro Comando Puro. O movimento é acompanhado por investigadores, que não consideram grandes as chances dessa nova organização prosperar. Ele se juntou a outros líderes da facção, Abel Pacheco de Andrade, o “Vida Loka”, e Wanderson Nilton de Paula Lima, “o Andinho” para declarar guerra contra “Marcola”. O conflito entre os chefes aumentou a violência nas ruas, que começaram a disputar os pontos de venda de droga no varejo, conhecido como “biqueiras” ou “bocas de fumo”. No momento, a fratura segue exposta, mas a guerra está em uma espécie de trégua.

Todos os principais envolvidos no conflito estavam presos na Penitenciária Federal em Brasília, mas, após o racha, “Tiriça”, Abel “Vida Loka” e “Andinho” foram transferidos, em 15 de outubro deste ano, para a Penitenciária Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte. A separação dos líderes da facção divide opiniões entre estudiosos de Segurança Pública.

Para o sociólogo David Marques, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma das principais diferenças das maiores facções do país, PCC e Comando Vermelho, em relação às máfias italianas, por exemplo, é a organização em rede, de modo que a organização não fica “acéfala” quando se isolam os líderes.

“O próprio sistema prisional federal foi criado com o objetivo de isolar essas lideranças. Alguns críticos dizem que ao mobilizar esses faccionados para outros locais acaba intensificando a presença dessas facções em novos territórios”, observa.

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