O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, deve alterar os ocupantes de pelo três dos principais postos da estrutura da PF. Informações que correm entre agentes dão conta de que o novo diretor executivo, segundo cargo mais importante na corporação, será o delegado Sandro Avelar. Caso a nomeação seja confirmada, ele substituirá o delegado Rogério Galloro, que era um dos mais cotados a suceder Leandro Daiello no comando da PF e foi preterido pelo presidente Michel Temer. Galloro assumirá a Secretaria Nacional de Justiça.
Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal entre 2011 e 2014, na gestão do ex-governador Agnelo Queiroz (PT), Sandro Avelar foi filiado ao PMDB entre outubro de 2013 e outubro de 2016 e disputou a eleição a deputado federal pelo partido em 2014. O delegado da PF recebeu 21.888 votos e não foi eleito.
Se Sandro Avelar não empolgou o eleitor, suas doações eleitorais registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sugerem que o PMDB depositava esperanças nele. A candidatura de Michel Temer a vice-presidente da República em 2014 doou 11.625 reais à campanha de Avelar, enquanto o PMDB do Distrito Federal colaborou com 236.566 reais. No total, ele recebeu 460.091 reais em doações, incluindo 20.000 reais da fabricante de armas Taurus.
Outro nome cogitado entre os escolhidos de Segóvia com ligações políticas é o delegado Eugênio Ricas, secretário estadual de Controle e Transparência da gestão do governador Paulo Hartung (PMDB), no Espírito Santo. Antes de assumir o cargo, ele havia sido secretário de Justiça do governo Hartung. Na PF sob nova direção, ele deve ser o diretor de Combate ao Crime Organizado, em substituição ao delegado Maurício Leite Valeixo.
Já a Diretoria de Inteligência Policial (DIP) deve ficar com o delegado Cláudio Ferreira Gomes, ex-corregedor-geral da PF e ex-adido da corporação em Lisboa. Ele substituirá Elton Roberto Manzke no posto.