O presidente Jair Bolsonaro, que tem feito da pregação pelo retorno do voto impresso um tema quase diário, agora incrementou a sua teoria conspiratória a respeito da necessidade de mudar o sistema eleitoral brasileiro, que é o mesmo desde 1996, sem nunca ter registrado uma fraude: a apoiadores nesta terça-feira, 13, em frente ao Palácio da Alvorada, ele disse que a mudança defendida por ele é a saída para que não aconteça no Brasil o mesmo que em Cuba, que passa por protestos contra a ditadura de esquerda que comanda o país.
Segundo o presidente, o voto impresso é uma forma de impedir fraudes nas eleições de 2022, que, na sua teoria conspiratória, acabariam por eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro colocou em dúvida ainda a credibilidade das pesquisas eleitorais que apontam o petista bem à frente na corrida pelo Palácio do Planalto.
“Ele (Lula) está contra o movimento de liberdade para Cuba e tem gente que apoia esse cara para ser presidente do Brasil. Qual vai ser o futuro nosso se esse bandido for eleito presidente da República?”, afirmou. “Aqui no Brasil, para não entrar na linha de Cuba, tem que ter o voto impresso e auditável. E a contagem pública dos votos também”, acrescentou.
Apesar de citar a possibilidade de vitória de Lula com frequência, Bolsonaro diz duvidar que o petista esteja a sua frente na corrida eleitoral. “Segundo o Datafolha, ele tem 60% das intenções de voto (58% a 31% no segundo turno), mas não vai para a rua”, disse. “Manda o Lula organizar uma jegueata para ele. Ele não pode andar na rua”, afirmou.