Fragmentado ao extremo desde a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, o PSB não vai ter vida fácil para unificar a legenda e lançar o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa como candidato à Presidência da República. Tão logo Joaquim se filiou, um dos reforços mais recentes do partido, o ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo, pediu para deixar o PSB.
Pelo Twitter, o ex-deputado se limitou a dizer que é “impossibilitado” de apoiar a “manifesta inclinação da direção partidária” de apoiar Barbosa. No entanto, ressalvou que continuará comprometido com a campanha do governador de São Paulo, Márcio França (PSB), e “outros projetos regionais do partido”.
Aldo Rebelo ingressou no PSB em 2017, após quarenta anos ligado ao PCdoB, desde o período da ditadura militar, em que sua ex-sigla era considerada ilegal. Durante o período, exerceu mandatos parlamentares, presidiu a Câmara e foi ministro do Esporte no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Em janeiro, ele enviou uma carta aos militantes do PSB em que oferecia seu nome para ser o candidato do partido ao Planalto. Para sua decepção, como informou a coluna Radar, a repercussão não foi a que gostaria. De olho em Barbosa, poucos foram os integrantes da legenda que comentaram o texto.
Fora do PSB, Aldo Rebelo deve ingressar no Solidariedade, legenda comandada pelo deputado Paulinho da Força (SD-SP), presidente da Força Sindical. No entanto, como o prazo de desincompatibilização já acabou, Rebelo já está fora da eleição de 2018.
Amarelas.com: O limite foi ultrapassado, diz Aldo Rebelo